sábado, 30 de outubro de 2010

Exercício de Revisões

Texto 16: A Actividade económica.
Definir actividade económica é, ao mesmo tempo, delimitar o objecto do conhecimento económico: entre as numerosas actividades do Homem, quais qualificar de económicas? Actividade económica a que os homens desenvolvem nas suas relações com os bens.
Como se sabe, as necessidades do Homem não são espontaneamente satisfeitas pela Natureza. A actividade surge precisamente porque o Homem tem de ordenar o mundo exterior para satisfazer as suas necessidades.
Os esforços do Homem dirigem-se para a produção de bens destinados a produzir outros bens: os activos de produção. Esses bens são por sua vez utilizados, depois de novos esforços, na criação de outros bens. A satisfação provém então da destruição ou conservação desses bens de consumo. Alain Cotta, Diccionário de Economia (adaptado).
Comente o texto. Justifique as suas afirmações.

Exercício sobre Quadros e Gráficos

Analise o quadro e o gráfico acima representados. Pronuncie-se sobre os valores apresentados para a posse de computador e a ligação à Internet e à Banda Larga. Justifique as suas opções.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Princípio da Racionalidade Económica

Texto11
Salienta-se ainda que o processo de escolha tem por base o princípio da racionalidade económica, no qual se presume que cada indivíduo escolhe em cada momento aquela que considera ser a melhor opção disponível, ou seja, aquela que permite a máxima satisfação com o mínimo esforço.
Em suma, podemos dizer que dado o número insuficiente de bens disponíveis para fazer face à multiplicidade de necessidades que existe, é preciso fazer opções. No momento da escolha deve-se ponderar sobre a importância relativa de cada necessidade. É preciso definir prioridades e hierarquizar as necessidades de modo a estabelecer a ordem pela qual serão satisfeitas, bem como, determinar quais deverão ser abandonadas. A opção ideal, por um lado, deve proporcionar um aumento do nível de vida dos indivíduos através da implementação de uma eficiente utilização dos recursos disponíveis – racionalidade económica. Por outro lado, também deve procurar satisfazer o maior número de necessidades individuais e colectivas, garantindo, assim, a libertação de recursos que permitam continuar a produzir mais bens capazes de satisfazer as necessidades das gerações futuras.
Mas, o processo de escolha tem de ser feito tendo em consideração o modo como a actividade económica disponibiliza os bens e serviços capazes de satisfazer as necessidades do Homem. A actividade económica engloba a Produção, a Distribuição, a Repartição e a Utilização de Rendimentos na qual se incluem o Consumo e a Poupança. Estas operações são levadas a cabo pela sociedade que, dependendo da forma como se organiza, terá de encontrar resposta para três questões fundamentais que a Economia procura solucionar: saber o que produzir, como e para quem.

- O que produzir?
Trata-se de saber quais os bens que devem ser produzidos, em que quantidades e em que momento. A escolha dos bens a produzir deve ter em consideração o seu custo de oportunidade, isto é, deve-se reflectir sobre o que se sacrifica quando se decide utilizar determinado bem na satisfação de uma dada necessidade.

- Como produzir?
Para responder a esta questão, é necessário decidir quais serão os meios humanos, técnicos e logísticos a utilizar para produzir bens e serviços capazes de satisfazer as necessidades do Homem. 

- Para quem produzir?
Saber a quem se destina aquilo que é produzido num país, ou seja, compreender a forma como é repartido o rendimento de uma sociedade pelas famílias que a compõem.

Exercício sobre Bens

Leia com atenção o seguinte texto:
O que é um bem? A definição económica de bem é algo que satisfaz uma necessidade humana. O pão que satisfaz a fome, a roupa ou uma chapa de ferro consideram-se bens. Mas também uma aula de Economia, um concerto, uma cama ou o ar, são bens económicos. O erro é considerar que só algumas coisas, as materiais, é que são económicas.
João César das Neves, Introdução à Economia (adaptado)

1. Apresente a noção de bem.
2. Distinga bens livres e bens económicos.
3. Identifique no texto um bem imaterial e um bem duradouro.
4. Dê um exemplo de dois bens complementares que conheça.
5. Diga o que entende por bens de produção.

Texto e exercícios sobre Necessidades


Necessidades – noção e classificação
No nosso dia-a-dia lidamos constantemente com sentimentos de carência. Mal acordamos, somos invadidos por um grande número de necessidades, desde as mais básicas, como respirar ou comer, até àquelas mais dispensáveis como ir ao cinema ou comprar um CD. Mas as necessidades das pessoas não são todas iguais e variam em função do momento em que são sentidas.
Uma necessidade é, assim, um estado de carência que ocorre sempre que somos privados de um bem ou serviço de que precisamos. No entanto, o mal-estar gerado pela ausência desses bens ou serviços pode ser suprimido através de actos de consumo.

     Características das necessidades
As necessidades apresentam o seguinte conjunto de características:
     - a) Multiplicidade: as necessidades existem em grande número e são infinitas, reaparecendo, na    maioria das vezes, algum tempo após terem sido satisfeitas. A fome ou a sede constituem bons exemplos, pois, quando comemos ou bebemos o suficiente para ficarmos satisfeitos deixamos de ter sede ou fome durante um certo período, mas ao fim de algum tempo essas necessidades regressam. Além disso, o constante progresso tecnológico facilita o desenvolvimento de novos produtos, bem como, o aperfeiçoamento dos anteriores levando assim ao aparecimento de novas necessidades. A publicidade e a sociedade de consumo em que vivemos também provocam sentimentos de carência, são muitas vezes necessidades artificiais mas que levam as pessoas a praticarem cada vez mais actos de consumo;
 
- b) Saciabilidade: a intensidade com que se sentem as necessidades vai-se reduzindo à medida que estas se vão satisfazendo, acabando eventualmente por desaparecer. Se, por exemplo, quando temos fome, formos comendo alguns alimentos, esta vai diminuindo até ao momento em que nos sentimos totalmente satisfeitos. A saciabilidade está assim associada à possibilidade de se sentirem necessidades com diferentes graus de intensidade, pois existe uma correlação directa entre a quantidade de bens que se vão consumindo e o grau de intensidade com que a necessidade é sentida em cada momento;
 
- c) Hierarquização: as necessidades podem ser ordenadas de acordo com a intensidade com que são sentidas, devendo umas satisfazer-se primeiro que as outras. Conforme vimos anteriormente, a escassez de recursos obriga-nos a estabelecer prioridades e hierarquizar as necessidades. As necessidades relacionadas com a sobrevivência dos indivíduos terão de ser satisfeitas prioritariamente relativamente a outras necessidades que não se considerem tão essenciais;
 
- d) Substituibilidade: esta característica prende-se com a possibilidade de existir mais do que um bem capaz de satisfazer a mesma necessidade, substituindo-se o consumo de um pelo consumo do outro. A título de exemplo, podemos dizer que tanto é possível extinguir a sede bebendo um copo de água como uma limonada.


Tipos de necessidades
As necessidades podem ser classificadas de acordo com diferentes critérios. Os principais critérios de classificação utilizados são quanto à sua importância, ao seu custo e à sua abrangência.

A) O critério da importância está directamente relacionado com a hierarquização das necessidades de acordo com determinadas prioridades. Segundo este critério, as necessidades classificam-se em três categorias:
- primárias: são as necessidades consideradas indispensáveis à sobrevivência do Homem como a alimentação e o vestuário.
 - secundárias: são as necessidades que, embora não se considerem imprescindíveis, são fundamentais para a vida das pessoas, como, por exemplo, a formação.
- terciárias: são as necessidades que se consideram supérfluas e que, normalmente, estão associadas ao consumo de bens de luxo, como o desejo de adquirir uma jóia.

B) Pelo critério do custo, as necessidades classificam-se em função daquilo que é necessário despender para as satisfazer. Assim, dividem-se em:
- económicas: são aquelas necessidades que exigem algum dispêndio de dinheiro ou trabalho, como a aquisição de um automóvel.
- não económicas: são as necessidades que não implicam qualquer dispêndio, pois os bens que as satisfazem existem em quantidade suficiente. A respiração é um exemplo de uma necessidade não económica, pois o ar que respiramos é gratuito.




C) O critério da abrangência diz respeito ao número de pessoas que sentem as necessidades. Segundo este critério, as necessidades dividem-se em duas categorias:
- individuais: são as necessidades vistas de acordo com a individualidade de cada pessoa, com os seus gostos ou interesses particulares. Os indivíduos têm todos gostos diferentes e mesmo que haja necessidades semelhantes, elas são sentidas em momentos diferentes. Umas pessoas precisam de dormir muito e outras pouco, umas apreciam mais a praia e outras o campo, por exemplo.
- colectivas: são as necessidades que resultam da vida em sociedade e que são sentidas em conjunto por todos os indivíduos, como é o caso da necessidade de segurança ou de justiça.

Exercícios sobre Necessidades
1.     Devido ao facto de as necessidades serem saciáveis, a intensidade com que se vão sentindo vai diminuindo à medida que se vão satisfazendo.

1.1. Diga o que entende por necessidade.
1.2. Indique qual a característica das necessidades que é referida na afirmação anterior.
1.3. Apresente as restantes características das necessidades que aprendeu, para além da mencionada.


2.     Classifique, quanto ao custo e quanto à importância, as seguintes necessidades:

2.1. Dormir.
2.2. Comer um gelado.
2.3. Frequentar um curso de formação.