segunda-feira, 30 de maio de 2011

Exercícios de Aplicação - módulo 4

Módulo 4
Exercícios de aplicação:
3 – Tenha em atenção os seguintes textos:
Texto 1: “De acordo com o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), a taxa de inflação média anual subiu de 2,2% em 2003, para 2,8%, em 2004, acompanhando a aceleração dos preços verificados nos restantes países da área do euro.”
Texto 2: “A subida da taxa de inflação em Portugal correspondeu a uma aceleração gradual dos preços a partir de Abril, tendo a variação homóloga do IPC passado de 1,8%, no primeiro trimestre, para 2,5%, 3,4% e 3,7%, respectivamente no segundo, terceiro e quarto trimestre.”
- Fonte: Banco de Portugal (adaptado)
a)    Diga o que entende por “variação homóloga do IPC”.
b)    Na sua opinião o que acontece ao verificar-se uma subida generalizada dos preços sobre o valor da moeda?
c)    Suponha que no ano 2003, os aumentos salariais foram de 2,0%. Explique que reflexo, esta situação, teria no poder de compra dos trabalhadores.

4 - Leia o seguinte texto: “Algumas das mais poderosas e bem organizadas sociedades da História floresceram sem a existência do dinheiro. Com efeito, em pleno apogeu, no Egipto e na Babilónia, bem como nas civilizações Inca e Maia, as transacções comerciais faziam-se por permuta, e mesmo o pagamento de salários era realizado por meio de produtos que pudessem ser trocados. No entanto, o sistema de permuta era um método que podia criar problemas.
Em algumas partes do mundo antigo estabeleceu-se o uso de unidades monetárias tendo por base objectos duráveis de tamanho conveniente que serviam como moedas. No Próximo Oriente e nas ilhas do Pacífico, por exemplo, usavam-se anzóis.
No século VII a. C., utilizava-se, na China, «dinheiro-faca» e «dinheiro-espada». As moedas eram miniaturas de facas e espadas, e o seu valor o do objecto que representavam.http://pmmsilva.no.sapo.pt/pmnumis/historia.html  (adaptado)
a)  Refira alguns inconvenientes da troca directa
b) Defina moeda mercadoria
c)  Distinga moeda-papel de papel-moeda

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Exercícios de Aplicação

Módulo 4
Exercícios de aplicação:

1 – “Conceito de Paradoxo da Poupança – O Paradoxo da Poupança é um princípio, proposto pela primeira vez por John Maynard Keynes, segundo o qual a tentativa de uma determinada sociedade para aumentar a poupança pode resultar na redução do montante que efectivamente é poupado. Por exemplo, numa situação de recessão ou de estagnação económica, se a população aumentar a sua taxa de poupança, isso irá contribuir para o agravamento da retracção do consumo, da produção e do emprego e, consequentemente, da poupança.” (www.knoow.net)
a)      Dê uma noção de poupança;
b)      Identifique as formas de poupança que estudou.
2 – Considere os seguintes valores referentes a uma dada economia:
Anos
Valor do cabaz (unidades monetárias)
2006
875
2007
940
2008
985
a)      Calcule o valor do IPC em 2007;
b)      Interprete o valor obtido na questão anterior;
c)      Determine a taxa de inflação em 2008.

domingo, 22 de maio de 2011

Poupança e Investimento

4.7 Poupança
4.7.1. Noção
Actividade 8
Texto: Poupança - A poupança é a parte do rendimento pessoal disponível que não é despendido em consumo.
Samuelson, P. & Nordhaus, W. (2005, 445). Economia. McGrawHill. 
A poupança pessoal é a parte do rendimento disponível que não é consumida; a poupança é igual ao rendimento menos o consumo. Idem (pág. 448).   
Comente o texto.

A poupança identifica-se com o rendimento que não é gasto num momento destinando-se a um gasto no futuro.
A poupança serve também duas funções essenciais: uma é a de movimentar dinheiro ao longo do tempo, outra é de permitir a gestão do risco. A movimentação do dinheiro ao longo do tempo decorre da própria noção de poupança, que salienta a existência de uma redução do consumo no presente para que se possa consumir mais no futuro, quando for necessário. Ao poupar ou investir o indivíduo ou a família envolvem-se numa gestão de risco ao protegerem-se financeiramente de vários riscos que podem vir a ocorrer, como sejam o do desemprego, de problemas de saúde, ou de outros tipos de possíveis problemas.
As famílias que poupam estão necessariamente melhor preparadas para fazer face a situações de crise como a que vivemos no presente. Poupar é preparar sempre o futuro.
4.7.2. Destinos

4.7.2.1. Entesouramento

Entesouramento significa a retenção de valores monetários (notas e moedas metálicas) ou a sua aplicação em outros valores ou activos tais como jóias, ouro ou obras de arte. Contrariamente a outras aplicações de poupança, tais como os depósitos ou o investimento, no entesouramento as aplicações não são efectuadas em activos produtivos e ou geradores de rendimento, tendo como único objectivo a transferência de capacidade de consumo para um período futuro. 
É certo que algumas das referidas aplicações de entesouramento como seja em ouro ou em obras de arte poderão proporcionar rendimentos associados à sua valorização. Contudo, nestes casos, e quando a aplicação é efectuada com esse objectivo, fará mais sentido designar tais aplicações como investimento e não como entesouramento.

4.7.2.2.Depósitos ou aplicação financeira

Os depósitos são uma forma actualmente muito utilizada por praticamente todas as classes sociais e que consiste na colocação das poupanças em depósitos à ordem ou a prazo nas instituições bancárias.
Os depósitos são aplicações financeiras simples, gerando juros de acordo com o regime de juro seja ele simples ou seja juro composto.
Os principais tipos de depósitos são:

*  Depósitos à Vista ou à Ordem: podem ser movimentados em qualquer altura e sem custos, através de cheques, ordens de pagamento e cartões de débito e de crédito. Em geral não vencem juros.
*  Depósitos a Prazo: pressupõem a imobilização do capital pelo período acordado (prazo do depósito) reembolsável apenas no final do período com os respectivos juros. A mobilização antecipada do depósito acarreta, por norma, a perda dos juros corridos.
NOTA: Nos depósitos a prazo existem taxas de juro activas e passivas.
O que distingue as taxas de juro activas e as taxas de juro passivas é que as primeiras representam as taxas de juro cobradas pelas Instituições Financeiras às pessoas ou entidades a quem concedem crédito. Quanto às taxas de juro passivas, representam as taxas de juro pagas pelas Instituições Financeiras aos seus depositantes. A diferença entre os valores médios destas duas taxas é designada por taxa de margem financeira e representa o ganho das Instituições Financeiras nas operações de crédito e de depósitos.
NOTA: A taxa de juro representa o custo de utilização do dinheiro. É, portanto, o preço pago por alguém pela utilização de dinheiro que lhe foi cedido por outra pessoa.

4.7.2.3.Investimentos
 
Investimentos são a forma de utilização das poupanças que consiste na compra de bens de produção. É o caso da aplicação das poupanças na compra por exemplo de um edifício para instalação de uma empresa, ou na compra de um novo sistema informático, ou ainda na compra de nova máquina para essa empresa. Em todos estes exemplos, a poupança está a ser utilizada para comprar bens que, por terem como finalidade a actividade produtiva, vão servir para gerar novos rendimentos.
A importância do investimento para a economia de um país é muito marcante. Se uma dada economia consumisse todos os seus recursos num dado momento, deixaria de poder continuar a produzir no futuro e, portanto, não poderia satisfazer as necessidades da sua população. É por isso que a poupança é fundamental para garantir que, a curto / médio prazo, as necessidades das gerações futuras possam continuar a serem satisfeitas através da produção realizada.

4.8 Investimento
 4.8.1. Noção
Atendendo ao que foi afirmado no ponto anterior podemos então definir o investimento como a aplicação da poupança das empresas na compra de bens de produção.
Se por qualquer motivo a poupança for, por exemplo, entesourada, não contribuirá de maneira nenhuma, para a continuidade da produção que é necessária para uma economia. É daí que surge a importância do investimento, que nunca existe sem que se dê a poupança, que sendo aplicada em investimento, permite a continuidade da produção numa dada economia.
É Importante conhecer as possíveis aplicações que o investimento pode assumir: a) o que é efectuado em bens duradouros (aqueles bens que podem ser utilizados mais de que uma vez); b) o que é efectuado em bens não duradouros (aqueles bens apenas utilizáveis uma única vez).
Neste propósito o investimento origina sempre a formação de capital, que se decompõe, respectivamente em:
*  Formação bruta de capital fixo (FBCF), constituída pelas compras feitas em bens de produção duradouros, tais como edifícios, terrenos, máquinas, viaturas, etc.
*  Variação de existências (VE), constituída pelas compras efectuadas , durante um ano, de bens de produção não duradouros, nomeadamente as compras de matérias-primas.
Assim, quando queremos referir-nos às despesas em existências relativas a um determinado período, utilizamos, então, a variação de existências. O valor da variação de existências obtém-se por diferença entre valor das existências no final do ano e do início desse mesmo ano.

INVESTIMENTO = F B C F + VARIAÇÃO DE EXISTÊNCIAS

4.8.2. Funções do investimento
 
Vimos no ponto atrás que sem poupança não existe investimento. Por outro lado sabemos que a economia sofre de ciclos heterogéneos de desenvolvimento mas que nunca para e por isso, quer o consumo, quer a produção, realizam-se sempre.
Neste sentido existem três funções para o investimento: a) substituição; b) inovação; c) aumento da capacidade produtiva
 (Ver esquema fornecido nas aulas)
F U N Ç Õ E S D O I N V E S T I M E N TO
                                               Substituição          Inovação        Aumento da capacidade produtiva

Investimento de aumento da capacidade de produção: traduz o aumento das dimensões de uma empresa.

 
Investimento de inovação: traduz a actualização tecnológica das empresas, o investimento em equipamentos mais inovadores para melhorar a qualidade dos bens e serviços oferecidos no mercado.
Investimento de substituição: traduz a manutenção dos equipamentos que se encontram gastos ou estragados por outros aptos a produzir.

O investimento pode desempenhar várias funções:

Investimento de substituição: é constituído pelas despesas efectuadas em bens de produção que têm como objectivo substituir o material danificado ou já gasto (quando se compra uma nova máquina para substituir uma outra já avariada).
Investimento de inovação: quando o investimento é aplicado na compra de novas tecnologias, por forma a melhorar e modernizar o processo de produção.
Investimento em aumento da capacidade produtiva: quando as compras se destinam a aumentar a capacidade produtiva da empresa (a compra de um edifício para nele instalar uma nova unidade de produção, por forma a aumentar a produção)
Apesar de classificarmos o investimento desta três formas possíveis, isso não significa que cada uma destas categorias de investimento seja perfeitamente distinta das outras. Assim, um investimento pode ser simultaneamente de inovação e de aumento de capacidade produtiva. A compra de uma máquina inovadora, em termos tecnológicos, acaba, frequentemente, por permitir também um aumento da produção.
A verificação deste facto mostra-nos a importância da inovação no aumento da capacidade de produção de um país. Podemos facilmente concluir da importância do investimento em inovação tecnológica tanto ao nível das empresas como ao nível do país.
No entanto, a inovação tecnológica não surge por acaso mas sim como fruto da investigação, seja ela realizada de forma isolada, como aconteceu ao longo dos séculos ou como acontece, presentemente, através de equipas de investigadores que trabalham nas empresas, nos laboratórios ou nas universidades.
4.8.3. Tipos de investimento
Até aqui temos vindo a referir-nos ao investimento efectuado em bens materiais, tais como máquinas, edifícios, etc. É o investimento material.
Todavia, este não é o único tipo de investimento existente. Existe uma outra classificação para o investimento que se aplica aos tipos de investimentos que podem surgir numa economia. São em número de três os que são considerados: a) material; b) imaterial; c) financeiro
O investimento imaterial, não é menos importante do que o material.
Quando uma dada empresa compra um programa informático, ou quando lança uma campanha publicitária ou ainda, quando através de acções deformação, aposta na melhoria da qualificação dos seus trabalhadores, essa empresa não está a comprar bens materiais, mas nem por isso deixa de estar a investir.
Existe ainda um outro tipo de investimento que é identificado como o investimento financeiro, que é aquele que resulta da venda de acções, ou outros títulos, para as empresas poderem aumentar a sua capacidade de produção.
 (Consultar o esquema fornecido na aula)
 
4.8.4. Importância do investimento em inovação tecnológica e I & D na actividade económica

O investimento ao poder ser classificado de três formas possíveis, isso não significa que cada uma destas categorias de investimento seja perfeitamente distinta das outras. Um investimento pode ser simultaneamente de inovação e de aumento de capacidade produtiva. Por exemplo a compra de uma máquina inovadora, em termos tecnológicos, acaba, frequentemente, por permitir também um aumento da produção.
Esta situação permite mostrar a importância da inovação no aumento da capacidade de produção de um país. A sociedade humana evoluiu devido à sua capacidade de inovar. Com a descoberta do fogo, da roda e muito mais tarde, da máquina a vapor (que impulsionou a Revolução Industrial), a sociedade evolui bastante.
Actualmente existem um sem número de inovações, nomeadamente as que estão ligadas às novas tecnologias de informação (estão incluídas numa longa lista de inventos), que ao serem postos em prática, revolucionam a vida das sociedades de uma forma brusca e radical.
Por isso podemos facilmente reconhecer a importância que tem o investimento em inovação tecnológica, quer ao nível das empresas quer ao nível do país.
No entanto, a inovação tecnológica não surge por acaso mas sim como fruto da investigação, seja ela realizada de forma isolada, como aconteceu ao longo dos séculos ou como acontece, actualmente, através de equipas de investigadores, que trabalham nas empresas, nos laboratórios ou nas universidades.
É por isso fácil de reconhecer o papel importante que a investigação hoje tem na sociedade actual. De tal forma é considerada importante que é identificada como indicador de desenvolvimento de um país, pois este pode ser tanto ou mais desenvolvido consoante for a percentagem do seu rendimento aplicada para a investigação.