domingo, 12 de fevereiro de 2012

Módulo 7 - Crescimento, desenvolvimento e flutuações da atividade económica

ECONOMIA – MÓDULO N.º 7 – Crescimento, desenvolvimento e flutuações da atividade económica – 36 Aulas

CONTEÚDOS

Ø  7. 1. – Crescimento económico: noção, indicador: PIB;

Ø  7. 2. – Desenvolvimento: noção, indicadores: simples (económicos, demográficos, sociais, culturais e políticos) e compostos (Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género – IDG, Medida de Participação Segundo o Género – MPG, Índice de Pobreza Humana – IPH1 e IPH2). Limitações dos Índices. Heterogeneidade de situações de desenvolvimento verificadas nos: países desenvolvidos, países em desenvolvimento (PED) e países menos desenvolvidos (LDC – Least Developed Countries);

Ø  7. 3. – Crescimento económico moderno: fatores de crescimento económico – aumento da dimensão dos mercados (interno e externo), investimento de capital (físico e humano) e progresso tecnológico; Características dos países desenvolvidos associadas ao crescimento económico moderno: aumento da produção e da produtividade, alteração da estrutura da atividade económica – terciarização da economia, aumento da dimensão das empresas, alterações no papel do Estado e melhoria do nível de vida;

Ø  7. 4. – Ciclos de crescimento económico: noção; fases – expansão, prosperidade (auge ou ponto alto), recessão e depressão (ponto baixo);

Ø  7.5. – Desenvolvimento humano e sustentável: limites ao crescimento económico – problemas ambientais e esgotamento dos recursos naturais, desigualdades de desenvolvimento a nível mundial, países desenvolvidos – situações de pobreza e de exclusão social, desenvolvimento humano e sustentável – noção e importância.

 7. 1. – Crescimento, desenvolvimento e flutuações da actividade económica - Noção

Em primeiro lugar deve-se distinguir o conceito de crescimento do conceito de desenvolvimento. Por vezes, em linguagem comum, há uma certa “confusão” entre estes dois termos. No entanto, eles são bem distintos na sua significação. Assim, enquanto o conceito de crescimento está indissociavelmente ligado a grandezas quantificáveis, portanto, mensuráveis (p. ex. a taxa de crescimento anual do PIB, , taxa de inflação, etc.

Crescimento económico
Representa o aumento sustentável da produção global de uma economia podendo ser avaliado e quantificado.
Desenvolvimento económico
Representa a capacidade que uma economia possui para satisfazer as necessidades da população no sentido desta alcançar um nível de bem-estar equilibrado.    
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
É o instrumento estatístico utilizado na medição do desenvolvimento humano. Mede o grau, em média, de três dimensões básicas de desenvolvimento humano, nomeadamente: uma vida longa e saudável; o nível de conhecimentos adquiridos; e um nível de vida digno.

Actividade 1

Texto 1 – “A medição do nível de desenvolvimento de um país baseia-se em vários indicadores destinados a representar o nível médio de bem-estar. Enquanto uma abordagem mais tradicional utiliza os rendimentos per capita como uma forma de retratar o desenvolvimento económico, este relatório promoveu uma medida mais abrangente, nomeadamente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Contudo, ambas estas abordagens assentam na ideia de avaliar o bem-estar daqueles que residem num dado território.” – Relatório do Desenvolvimento Humano. (2009, 14).   
1. Estabeleça as diferenças, a partir do texto 1, entre os conceitos de crescimento e de desenvolvimento.
2. Explique o sentido da frase sublinhada

7. 2. Indicadores

Actividade 2

Texto 2 – “Num relatório sobre indicadores ambientais a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), define os indicadores do seguinte modo: “(...) uma ferramenta de avaliação entre outras; para captar-se todo o seu sentido, devem ser interpretados de maneira científica e política. Devem, com a devida frequência, ser completados com outras informações qualitativas e científicas, sobretudo para explicar factores que se encontram na origem de uma modificação do valor de um indicador que serve de base a uma avaliação” (OCDE, 2002, p. 204).
Ainda no mesmo documento encontra-se outra definição de indicador: “(...) parâmetro, ou valor calculado a partir dos parâmetros, fornecendo indicações sobre ou descrevendo o estado de um fenómeno, do meio ambiente ou de uma
zona geográfica, de uma amplitude superior às informações directamente ligadas ao valor de um parâmetro.” (OCDE, 2002, p. 191).
Também a European Environment Agency (EEA) refere frequentemente os indicadores nos seus relatórios. Define-os como sendo: “(...) uma medida, geralmente quantitativa, que pode ser usada para ilustrar e comunicar um conjunto de fenómenos complexos de uma forma simples, incluindo tendências e progressos ao longo do tempo” (EEA, 2005, p. 7). Referido pelo mesmo organismo mas, agora citando o Internet Engineering Task Force (IETF): “Um indicador fornece uma pista para uma matéria de largo significado ou torna perceptível uma tendência ou fenómeno que não é imediatamente detectável. Um indicador é um sinal ou sintoma que torna algo conhecível com um razoável grau de certeza. Um indicador revela, dá evidência, e a sua significância estende-se para além do que é actualmente medido a um grande nível de interesse do fenómeno” (IETF referido por EEA, 2005, p. 7).
Outros autores que também utilizaram indicadores nos seus trabalhos avançam com algumas definições. Bossel define os indicadores como algo com que vivemos todos os dias:
“Os indicadores são a nossa ligação ao mundo. Eles condensam a sua enorme complexidade numa quantidade manejável de informação significativa, para um sub-grupo de observações que informam as nossas decisões e direccionam as nossas acções. (...) Os indicadores representam informação valiosa. (...) Os indicadores são uma expressão de valores.” (Bossel, 1999, p. 9).
A Direcção Geral do Ambiente refere a crescente importância da utilização de indicadores nas “(...) metodologias utilizadas para resumir a informação de carácter técnico e científico na forma original ou “bruta”, permitindo transmiti-la numa forma sintética, preservando o essencial dos dados originais e utilizando apenas as variáveis que melhor servem os objectivos e não todas as que podem ser medidas ou analisadas. A informação é assim mais facilmente utilizável por decisores, gestores, políticos, grupos de interesse ou público em geral.” (DGA, 2000, p. 5).
Em síntese, os autores apesar de utilizarem diversos termos quando definem o conceito de indicador (designando-o por parâmetro, medida ou valor), são consensuais quanto ao facto de os indicadores constituírem uma forma de simplificação e sintetização de fenómenos complexos através da sua quantificação.
Explicite o conceito de indicador com base no texto.

O crescimento a Longo Prazo: seu significado

No nosso dia-a-dia lidamos cada vez mais com os chamados desenvolvimentos do ciclo económico. Mas se repararmos bem, estes dados, geralmente, são publicitados em referência a economias avançadas, pois são estas que constituem o ponto de referência para as chamadas economias em desenvolvimento.

São os dados apresentados em forma de taxas ou de índices, que constituem os indicadores de referência por excelência para se poderem realizar comparações entre, por exemplo, o nível de desenvolvimento ou o grau de desempenho entre países. Os países mais desenvolvidos apresentam economias onde “acumulam cada vez maiores quantidades de equipamento, alargam as fronteiras do conhecimento tecnológico e tornam-se cada vez mais produtivas” como sustentam Samuelson, & Nordhaus, (2005, 555).

São, portanto, os países mais desenvolvidos que conseguem providenciar um melhor nível de vida aos seus cidadãos: melhor alimentação e mais equilibrada, qualidade habitacional, disponibilização de mais recursos para a educação e saúde, políticas ecológicas para o ambiente e melhores pensões para os seus cidadãos reformados.

Mas esta realidade não se aplica aos países ditos menos desenvolvidos pois apresentam na sua generalidade um reduzido rendimento per capita que se reflecte num fraco nível de vida para os seus cidadãos: poucos recursos aplicados quer na educação, quer na saúde, baixos níveis de alfabetização, deficiente dieta alimentar, com um nível de pobreza muito acentuado reflectindo-se em fome e miséria para largas camadas da população e apresentam uma taxa de poupança muito baixa, que como consequência acarreta um nível de capital baixo e portanto, com fraco investimento.           

Actividade 3

Texto 3 – “As armadilhas de baixo desenvolvimento humano” - O desenvolvimento humano prende-se com a expansão da liberdade e da escolha. Os riscos associados ao clima geram dilemas, que limitam a liberdade substantiva e anulam o poder de escolha das pessoas. Estes dilemas podem constituir uma ida sem retorno em armadilhas de baixo desenvolvimento humano – espirais descendentes de desvantagem que destroem as oportunidades.
Os choques climáticos afectam a subsistência de várias formas. Varrem colheitas, reduzem as oportunidades de emprego, obrigam ao aumento do preço dos alimentos e destroem propriedades, confrontando as pessoas com decisões difíceis. As famílias mais abastadas podem fazer face aos choques apoiando-se nos seguros privados, usando as suas poupanças ou vendendo alguns dos seus bens. Têm capacidade de proteger o seu consumo habitual – “aligeirar o consumo” – sem diminuir as suas capacidades de produção ou reduzir as suas aptidões humanas. Os pobres têm menos opções.
Com um acesso limitado ao seguro formal, com baixos rendimentos e bens de pouco valor, as famílias pobres têm de se adaptar aos choques climáticos sob condições mais restritas. Num esforço para diminuir o habitual consumo, são, frequentemente, obrigadas a vender bens de produção, comprometendo futuras criações de rendimento. Quando os já baixos rendimentos diminuem, podem não ter outra escolha senão reduzir o número de refeições que tomam, cortar as despesas de saúde ou retirar as crianças da escola de forma a aumentar a mão-de-obra laboral. As estratégias utilizadas variam. No entanto, os dilemas que se seguem aos choques climáticos podem destruir rapidamente as capacidades humanas, estabelecendo uma série de ciclos de privação.
As famílias pobres não são passivas face aos riscos climáticos. Por falta de acesso ao seguro formal, desenvolvem mecanismos de auto-segurança. Um deles é criar bens – como o gado – durante os períodos “normais”, para vender na eventualidade de uma crise. Outra é o investimento de recursos familiares na prevenção de catástrofes. Sondagens domiciliárias em áreas urbanas degradadas, propensas a inundações, em El Salvador, registaram que as famílias gastavam mais de 9% dos seus rendimentos no reforço das suas casas contra as inundações e aproveitavam o trabalho da família para construir paredes de retenção e fazer a manutenção dos canais de drenagem. A diversificação de produção e as fontes de rendimentos são outras formas de auto-segurança. Por exemplo, as famílias rurais procuram reduzir o seu risco de exposição criando uma associação de culturas de alimentos básicos e comerciais e praticando comércio de pequena escala. O problema é que os mecanismos de auto-segurança se degradam, frequentemente, em confronto com os severos e recorrentes choques climáticos.
A pesquisa aponta para quatro grandes canais ou “multiplicadores de risco”, através dos quais os choques climáticos podem prejudicar o desenvolvimento humano: “perdas de produtividade anteriores ao fenómeno, custos de recuperação antecipados, erosão de activos do capital físico e erosão de oportunidades humanas”. (Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008, pág. 83).
Comente as frases destacadas no texto.

Nota: Consultar a tabela fornecida nas aulas
(Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008, pág. 84)

Actividade 4

Texto 3 – “Pesquisas realizadas em aldeias indianas, nos anos 90, revelaram que mesmo as mais leves variações na duração da precipitação poderiam reduzir os lucros agrícolas do quartil mais pobre dos respondentes para um terço, enquanto que, no quartil mais rico, provocariam um imperceptível impacto nos lucros. Confrontados com o alto risco, os agricultores pobres penderam para um excesso de segurança: as decisões sobre a produção conduziram a uma média de lucros mais baixa da que poderia atingir no âmbito de riscos segurados. Na Tanzânia, uma pesquisa a nível da aldeia descobriu agricultores pobres a especializarem-se na produção de colheitas resistentes às secas – como o sorgo e a mandioca – que proporcionam uma maior
Quartil
Representa a divisão do universo considerado em quatro áreas iguais (25%).
Quintil
Representa a divisão do universo considerado em cinco áreas iguais (20%).

. 
segurança alimentar, embora menores rendimentos financeiros. A gama de colheitas dos quintis mais ricos apresenta mais 25 % do que a do quintil mais pobre. Isto faz parte de um padrão mais vasto relativo ao verdadeiro seguro de riscos, que, em interacção com outros factores, aumenta a desigualdade e prende as famílias pobres em sistemas de produção de baixos rendimentos. À medida que as alterações climáticas avançam no terreno, a produção agrícola, em muitos países em vias de desenvolvimento tornar-se-á mais arriscada e menos lucrativa (ver, mais abaixo, a secção sobre agricultura e segurança alimentar). Estando três quartos dos pobres do mundo dependentes da agricultura, este facto tem implicações para os esforços na redução da pobreza global. Os pobres do mundo não são os únicos a terem de se adaptar aos novos padrões climáticos. Os produtores agrícolas, nos países ricos, também terão de lidar com as consequências, porém, os riscos são menos severos e são bastante atenuados através de subsídios de grande escala – cerca de US$225 mil milhões, nos países da OCDE, em 2005 – e do apoio público ao seguro

privado. 30 Nos Estados Unidos, as indemnizações do seguro do Governo Federal para os danos de colheitas eram, em média, de US$4 mil milhões por ano, de 2002 a 2005. A combinação de subsídios e seguro permite aos produtores dos países desenvolvidos adoptarem investimentos de alto risco, de forma a obterem rendimentos mais elevados do que teriam sob as condições de mercado. “ (Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008, pág. 84).
Comente a frase destacada no texto tendo em conta o grau de heterogeneidade existente.



Quadro 1: Comparação entre os objectivos e as estratégias de Crescimento e de Desenvolvimento
Desenvolvimento
Crescimento
Objectivo: expansão de oportunidades e competências humanas
Objectivo: maximização do bem-estar económico
Foco: pessoas
Foco: mercados
Princípio orientador: equidade e justiça
Ênfase: meios
Principal foco: redução da pobreza
Principal foco: crescimento económico
Definição de pobreza: população em privação multidimensional
Definição de pobreza: população abaixo da linha do rendimento mínimo
Principais indicadores: IDH, IDG, GEM e percentagem do IPH
Principais indicadores: PIB, crescimento do PIB e percentagem de rendimento abaixo da linha da pobreza


Levando em consideração o último quadro poderá ser realizada uma comparação mais cuidada entre os conceitos de desenvolvimento e de crescimento.

Enquanto no crescimento é tido em conta o aumento do PIB e do RNpc  , sobrevalorizando-se apenas o volume de meios de bem-estar disponibilizados às populações, ignorando as desigualdades na distribuição do rendimento e tendo como único cenário o mercado ou o preço de referência, independentemente de se tratar de bens transaccionáveis ou intransaccionáveis.
Já no desenvolvimento sobrevaloriza-se uma multiplicidade de factores ligados quer às condições de vida das populações quer do seu próprio bem-estar, passando ainda por preocupações ligadas quer ao meio ambiente quer à utilização equilibrada dos recursos naturais.
Pode-se ainda destacar que o paradigma ligado ao crescimento prende-se a um cenário conjuntural e é unidimensional (onde os valores quantitativos são sobrevalorizados).
No paradigma aplicado ao desenvolvimento o cenário prevalecente é estrutural, pluridimensional e multidimensional (onde os valores qualitativos são sobrevalorizados)          

Quadro 2: Campo comum mas por razões diferentes
Desenvolvimento
Crescimento
Filosofia subjacente
Liberdade de escolha: resultante pelo desenvolvimento das competências e funções humanas
Liberdade de escolha: resultante pelo incremento das utilidades e satisfação de preferências
Ênfase: nos direitos humanos

Ênfase: principalmente nos direitos civis e políticos
Princípio orientador: equidade e justiça
Educação, saúde e nutrição
Importantes por elas mesmas
Como meios de empowerment
Como direitos humanos

Importantes como investimento em capital humano
Fim das discriminações
Um direito humano
Um direito humano
Visando a justiça
Visando a eficiência
Governo
Democrático e Inclusivo
Democrática
Importantes Funções do Estado
Estado mínimo
Foco nos direitos humanos
Foco nos direitos políticos e civis

 7. 3. Desigualdade entre países e heterogeneidade de situações nos países em desenvolvimento

 Actividade 5

Texto 4 - “Consideremos o Juan. Nascido no seio de uma família pobre no México rural, a família lutou muito para lhe poder pagar a assistência médica, todos os cuidados e a educação. Com 12 anos, deixou a escola para ajudar no sustento da família. Seis anos mais tarde, Juan seguiu o tio na sua ida para o Canadá em busca de um melhor salário e de melhores oportunidades. A esperança média de vida no Canadá é cinco anos mais elevada do que a do México e os rendimentos são três vezes melhores. Juan foi seleccionado para um trabalho temporário no Canadá, conseguiu o direito de residência e, por fim, tornou-se empresário num negócio que agora emprega canadianos nativos. Este é apenas um caso de entre milhões de pessoas todos os anos que encontram novas oportunidades e liberdades ao migrarem, beneficiando-se a si mesmas, assim como os seus locais de origem e de destino.
Consideremos agora Bhagyawati. Ela vive na zona rural de Andhra Pradesh, na Índia, e pertence a uma casta inferior. Viaja até à cidade de Bangalore com os filhos para trabalhar nas obras durante seis meses por ano, onde ganha Rs 60 (1,20 dólares americanos) por dia. Enquanto está longe de casa, os filhos não vão à escola porque esta fica demasiado longe do local da construção e, para mais, não sabem falar o idioma local. Bhagyawati não tem direito a qualquer subsídio de alimentação ou de assistência médica, e nem exerce o direito de voto, porque vive fora do distrito onde está registada. Como milhões de outros migrantes internos, dispõe de poucas opções para melhorar a sua vida para além de se mudar para uma cidade diferente em busca de melhores oportunidades.
O nosso mundo é muito desigual. As enormes diferenças em termos de desenvolvimento humano entre e dentro de cada país têm constituído um tema recorrente do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) desde a sua primeira publicação, em 1990.” (Relatório do Desenvolvimento Humano 2009, pág. 1).
Comente a frase destacada no texto.

Indicadores de desenvolvimento

Os níveis de desenvolvimento, que os países apresentam, divergem bastante, pois resultam das diferentes realidades económicas e sociais, que os caracterizam.
Havendo necessidade de conhecer, medir e confrontar a diversidade das situações que surgem no desenvolvimento dos países, foi necessário criar indicadores, que o tratassem estatisticamente.
Os indicadores habitualmente mais utilizados procuram assim traduzir a multidimensionalidade e a diversidade que o fenómeno do desenvolvimento assume na sua globalidade. No entanto, dada a diversidade das situações em presença não é fácil quer a sua escolha quer mesmo a sua utilização.      
Os indicadores são assim um meio importante para se poder conhecer a realidade de cada país e simultaneamente, perspectivar formas de actuação no sentido de melhorar a situação e concomitantemente, acompanhar a sua evolução futura.

Tipos de indicadores
Os indicadores mais utilizados frequentemente na medição do fenómeno do desenvolvimento são constituídos por dois tipos: simples e compostos.

Indicadores simples (consultar o esquema fornecido nas aulas)

Reportam-se a aspectos particulares da realidade social. Assumem o tipo de indicadores:

Ø  Económicos – Taxa de inflação, Taxa anual de crescimento do e do consumo de energia, produtividade do trabalho, etc.
Ø  Socioculturais – Taxa de analfabetismo, Taxa de alfabetização de adultos, Taxa de escolaridade infantil, Número de médicos por 1000 habitantes, etc.
Ø  Demográficos – Taxa anual de crescimento da população, Taxa de natalidade, Taxa de mortalidade, Taxa de fertilidade, etc.
Ø  Políticos – Respeito pelos direitos humanos, respeito dos direitos da criança, grau de participação na vida política, existência ou não existência de pena de morte, etc.

Indicadores compostos (consultar o esquema fornecido nas aulas)
Reportam-se a vários indicadores simples aos quais é lhes atribuído uma dada ponderação a fim de que possam assumir uma certa representatividade. Este tipo de indicadores tem constituído a mais premente preocupação para a elaboração dos Relatórios do Desenvolvimento Humano, nomeadamente os mais recentes, uma vez que os elementos que os constituem não passam, por vezes, não só de meras médias, mas também de parcialização de um número muito limitado de indicadores simples que compõem um indicador composto.

São exemplos de indicadores compostos:
Ø  O IPH-1, o Índice de Pobreza Humana - índice que mede o grau de privação referente às três dimensões básicas contempladas no cálculo do IDH, nomeadamente: uma vida longa e saudável, conhecimentos adquiridos e um nível de vida digno
Ø  O IDG, o Índice do Desenvolvimento ajustado ao Género - é o indicador que, a partir do IDH, calcula os níveis médios alcançados relativamente a três dimensões básicas – uma vida longa e saudável, o nível de conhecimentos adquiridos e um nível de vida digno, ajustando-as de forma a apurar as diferenças entre homens e mulheres.
Ø  O IEG, Medida de Participação segundo o Género - índice que mede as desigualdades entre os géneros masculino e feminino no que diz respeito a três diferentes dimensões de participação básicas, nomeadamente: poder de decisão e participação na economia, participação política e poder de decisão e controlo sobre recursos económicos.
Ø  O IPH-2, o Índice de Pobreza Humana em determinados países da OCDE de elevado rendimento Índice que mede o grau de privação referente às três dimensões básicas contempladas no cálculo do índice de desenvolvimento humano, nomeadamente: uma vida longa e saudável, conhecimentos adquiridos e um nível de vida digno, contemplando ainda o grau de exclusão social.  




Actividade 6
Texto 5 –Indicadores de desenvolvimento humano - As tabelas de indicadores de desenvolvimento humano oferecem uma avaliação das metas alcançadas pelos países em variadas áreas de desenvolvimento humano. Sempre que foi possível, as tabelas incluem dados de 192 Estados membros das Nações Unidas para além de Hong Kong, uma Região Administrativa Especial da China, e da Autoridade Palestiniana.
Nestas tabelas, os países e as áreas estão ordenados de acordo com o valor do seu índice de desenvolvimento humano (IDH). (…)
A maioria dos dados que constam nas tabelas reporta-se a 2007 e são aqueles disponibilizados ao Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano (GRDH) como sendo para10 de Junho de 2009, a menos que se especifique em contrário.

Comparações no tempo e entre edições do Relatório
O IDH é um instrumento importante para monitorizar tendências a longo prazo no desenvolvimento humano. Para facilitar a análise das tendências entre países, o IDH é calculado em intervalos de cinco anos no período de 1980-2007. (…)
Como as agências internacionais de dados melhoram continuamente as suas bases de dados, incluindo através da actualização periódica de dados históricos, as alterações anuais dos valores do IDH e das classificações entre
edições do Relatório do Desenvolvimento Humano reflectem, frequentemente, essas revisões de dados – tanto específicas de um país, como relativas a outros países – e não verdadeiras mudanças num país. Além disso, as alterações ocasionais na cobertura de países podiam afectar a posição de um país em termos de IDH. Por exemplo, a classificação de um país em termos do seu IDH podia cair consideravelmente entre dois Relatórios consecutivos, mas quando são usados dados comparáveis revistos para reconstruir o IDH dos últimos anos, a ordem e o valor do IDH podem, realmente, apresentar uma melhoria.” (Relatório do Desenvolvimento Humano 2009, pág. 203).
Comente as frases destacadas no texto tendo em conta as limitações do IDH.
 Cálculo dos índices de desenvolvimento humano
A forma de esquematicamente obter os cinco Índices de Desenvolvimento Humano está discriminada que mais à frente se apresenta, onde aparecem realçadas quer as suas semelhanças quer as suas diferenças.
Os detalhes sobre os métodos de cálculo aplicados estão disponíveis para consulta em http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_PT_Complete.pdf (página 173) dos quais se dão destaque após consulta da tabela. (Consultar esquema fornecido nas aulas)

Exemplos recorrendo às Tabelas do Relatório do Desenvolvimento Humano 2011

 Cálculo do IDH

Da Tabela 1 pode-se observar que o Vietname ocupa a 128.ª posição na ordem do IDH (página 135).

 A forma de obtenção do valor 0,593 para o IDH (página 174) do Vietname resultou da aplicação dos seguintes dois passos:

Passo 1. Criação dos índices de dimensão
São definidos valores mínimos e máximos (limites) no sentido de transformar os indicadores em índices entre 0 e 1. Os máximos são os valores mais altos observados no período (1980 – 2011). Os valores mínimos podem ser apropriadamente entendidos como valores de subsistência. Os valores mínimos são fixados em 20 anos para a esperança de vida, em 0 anos para ambas as variáveis da educação e em USD 100 para o rendimento nacional bruto (RNB) per capita. O baixo valor para o rendimento pode ser justificado pelo volume considerável de produção não comercializada e de subsistência não medida em economias próximas do mínimo, não captado nos dados oficiais.

Indicadores
Máximo observado
Mínimo
Esperança de vida à nascença
83,4 (Japão, 2011)
20,0
Média de anos de escolaridade
13,1 (República Checa, 2005)
0
Anos de escolaridade esperados
18,0 (limitados a)
0
Índice de educação combinado
0,978 (Nova Zelândia, 2010)
0
Rendimento nacional bruto per capita (PPC $)
107 721 (Qatar, 2011)
100

Após definidos os valores mínimos e máximos, os subíndices são calculados da seguinte forma:

Índice de dimensão =    valor real – valor mínimo         . (1)
                                  valor máximo – valor mínimo

 (1)   O parâmetro de aversão da desigualdade afecta o grau em que as realizações inferiores são destacadas e as realizações superiores são subestimadas

 Para a educação, a equação 1 é aplicada a cada um dos dois subcomponentes, depois é criada uma média geométrica dos índices resultantes e, por fim, a equação 1 é reaplicada à média geométrica dos índices, usando 0 (zero) como mínimo e a média geométrica mais elevada dos índices resultantes para o período sob análise como máximo.
Isto equivale a aplicar directamente a equação 1 à média geométrica dos dois subcomponentes

Como cada índice de dimensão é uma representação das capacidades da dimensão correspondente, a função da transformação do rendimento nas capacidades será provavelmente côncava (Anand e Sem, 2000). Assim, para o rendimento, é usado o logaritmo natural dos valores mínimos e máximos reais.

Passo 2. Agregação dos subíndices para produzir o Índice de Desenvolvimento Humano
O IDH é a média geométrica dos três índices de dimensão: (Ivida 1/3 . Ieducação 1/3 . Irendimento 1/3). (2)
(2) Ax é estimado a partir de dados de inquéritos usando as ponderações dos inquéritos,

 Âx = 1 – X1w1 … Xn wn , onde ∑1n wi = 1.
                 ∑1n wi Xi
Contudo, para maior simplicidade e sem perda de generalidade, a equação 1 é designada como medida de Atkinson.
NOTA: consultar a tabela fornecida nas aulas.

Fontes de dados

* Esperança de vida à nascença: DAESNU (2011)

* Média de anos de escolaridade: actualizações do GRDH (http://hdr.undp.org/en/statistics/) baseadas em dados da UNESCO sobre obtenção de educação (http://stats.uis.unesco.org/unesco/ReportFolders/ReportFolders.aspx) usando a metodologia descrita em Barro e Lee (2010a)
* Anos de escolaridade esperados: Instituto de Estatística da UNESCO (2011)
* RNB per capita: Banco Mundial (2011), FMI (2011), UNSD (2011) e DAESNU (2011)

Metodologia usada para exprimir o rendimento

O RNB é tradicionalmente expresso em termos correntes. Para o tornar comparável ao longo do tempo, o RNB é convertido de termos correntes para termos constantes, tomando o valor do RNB nominal per capita em termos de paridade de poder de compra (PPC) para o ano de base (2005) e desenvolvendo uma série cronológica usando a taxa de crescimento do RNB per capita real, tal como implícito através da taxa do RNB per capita corrente em termos de moeda local para o deflacionador do PIB.

As PPC oficiais são produzidas pelo Programa de Comparação Internacional (PCI), que recolhe periodicamente milhares de preços de bens e serviços equivalentes em muitos países. A última realização desse procedimento refere-se a 2005 e cobre 146 países.

O Banco Mundial produz estimativas para anos diferentes do padrão de referência do PCI com base na inflação relativa aos Estados Unidos da América. Dado que outras organizações internacionais – como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – citam o ano de base em termos do padrão de referência do PCI, o GRDH faz o mesmo.

Para obter o valor de rendimento para 2011, são aplicadas taxas de crescimento do PIB projectadas pelo FMI (baseadas no crescimento em termos constantes) aos valores do RNB mais recentes.

As taxas de crescimento projectadas pelo FMI são calculadas em termos de moeda local e a preços constantes, e não em termos de PPC. Isso evita a mistura dos efeitos da conversão para PPC com os do crescimento real da economia.

Estimativa de valores em falta

Para um pequeno número de países aos quais faltava um de quatro indicadores, o GRDH preencheu a lacuna estimando o valor em falta através de modelos de regressão transnacionais. Os pormenores dos modelos usados estão disponíveis em http://hdr.undp.org/en/statistics/understanding/issues/.

Neste Relatório, as taxas de conversão para PPC foram estimadas para três países (Cuba, Territórios Palestinianos Ocupados e Palau), os anos de escolaridade esperados foram estimados para cinco países (Barbados, Haiti, Montenegro, Singapura e Turquemenistão) e a média de anos de escolaridade foi estimada para oito países (Antígua e Barbuda, Eritreia, Granada, Kiribati, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Vanuatu). Isso aumentou o número total de países no IDH de 169 em 2010 para 187 em 2011.

Actividade 7
Tendo como referência os países da Grécia e do Ruanda, mostre como foram determinados os valores para os seus IDH. Apresente os seus cálculos

Limitações dos indicadores
Nota: consultar o esquema fornecido nas aulas

Algumas das vantagens mais importantes que manifestam prendem-se especificamente com:

Ø  Aferição e comparação dos diferentes níveis de desenvolvimento apresentados pelos países e regiões;

Ø  Compreensão, informação e previsão de um comportamento de uma dada economia;

Ø  Avaliação da política económica que um dado governo prosseguiu;

Ø Capacidade de sintetizar

Algumas das vantagens mais importantes que manifestam prendem-se especificamente com:

Ø  Aferição e comparação dos diferentes níveis de desenvolvimento apresentados pelos países e regiões;

Ø  Compreensão, informação e previsão de um comportamento de uma dada economia;

Ø  Avaliação da política económica que um dado governo prosseguiu;

Ø  Capacidade de sintetizar a informação de carácter técnico/científico;

Ø  Facilidade de transmitir informação

Ø  Registo da existência de tendências de desenvolvimento que certos países apresentam.

 No entanto, apresentam também desvantagens sendo as mais importantes ligadas concretamente com:

Ø  Inexistência de alguma informação base fidedigna;

Ø  Dificuldades na definição plena de expressões matemáticas que melhor possam traduzir os parâmetros seleccionados (por exemplo a questão dos pesos atribuídos às variáveis);

Ø  Falta de critérios robustos para a selecção apropriada de alguns indicadores;

Ø  Dificuldades na aplicação em determinados campos como sejam o da saúde, educação, género, etc.

 Heterogeneidade de situações de desenvolvimento

O Relatório de Desenvolvimento Humano todos os anos elege um tema aglutinador diferente.

No ano de 2009 o tema eleito foi “Ultrapassar barreiras: Mobilidade e desenvolvimento humanos” e onde se pode ler logo na sua introdução que o nosso mundo é muito desigual.

Texto 6 - Para muitas pessoas em todo o mundo, sair da sua cidade natal, ou da sua aldeia, poderá ser a melhor – ou, às vezes, a única – opção para melhorar as suas oportunidades de vida. Com efeito, essa mudança poderá melhorar bastante os rendimentos e os níveis de educação e de participação de cada indivíduo, bem como das suas famílias, assim como as perspectivas futuras dos seus filhos. Mas essa alteração geográfica tem um valor para além disso: ter-se a possibilidade de decidir onde viver é um elemento fundamental da liberdade humana - http://hdr.undp.org/technicalnote1. (Relatório do Desenvolvimento Humano 2009, pág. 1)

Actividade 7

Texto 7 – “Liberdade e deslocação: como a mobilidade pode estimular o desenvolvimento humano”. A distribuição de oportunidades no mundo é muito desigual. Esta desigualdade é um factor determinante do desenvolvimento humano e, por isso, implica que as deslocações tenham um enorme potencial no sentido de melhorar o desenvolvimento humano. Contudo, as deslocações não são uma mera expressão de escolha – muitas vezes, as pessoas são coagidas a deslocarem-se em situações que podem ser de enorme gravidade e os benefícios que recolhem por se mudarem são distribuídos de forma extremamente desigual. A nossa ideia de desenvolvimento como algo que promove a liberdade das pessoas levarem as vidas que escolherem para si mesmas reconhece a mobilidade como uma componente essencial dessa mesma liberdade. Todavia, as deslocações envolvem dilemas tanto para os migrantes como para aqueles que permanecem nos seus locais de residência. Compreender e analisar esses dilemas é crucial para a formulação de políticas adequadas -
http://hdr.undp.org/technicalnote1. (Relatório do Desenvolvimento Humano 2009, págs. 7, 8)
Comente a frase destacada no texto.
Crescimento económico moderno

Factores de crescimento económico: aumento da dimensão dos mercados (interno e externo), investimento de capital (físico e humano) e progresso tecnológico.

Sabemos que o problema económico se identifica com a procura sistemática pela satisfação das necessidades das pessoas, tendo em conta os recursos disponíveis, que são sempre escassos, bem como a tecnologia que está ao dispor.
Não deixa de estar sempre associado ao problema económico, o facto de quaisquer que sejam as escolhas feitas no presente, as mesmas condicionarem de forma positiva, o bem-estar das gerações futuras.
Vivemos numa era de abundância e prosperidade sem precedentes.
O século passado caracterizou-se por um enorme progresso tecnológico, que transformou definitivamente a economia. Como afirmam Samuelson, & Nordhaus (2005, 555), “se analisarmos o aumento do produto real ao longo do século XX nos EUA, verificamos que o PIB aumentou quase 30 vezes desde 1900. Este é talvez o facto económico central do século.” 
Actualmente temos ao nosso dispor “bens como o automóvel, a televisão, o computador e o telemóvel. Usamos aviões para viajar pelo mundo, e comunicamos através da Internet. Temos cada vez mais qualidade de vida, e as nossas vidas são cada vez mais longas”, como sustenta Silva, J. C. (2008-9, 1).
Com todo o crescimento económico verificado e simultaneamente com a possibilidade de um maior acesso a bens que até há bem pouco tempo eram praticamente inacessíveis, a sociedade actual contribuiu de uma forma acelerada, para o aumento da dimensão do mercado quer seja interna ou externamente.
O aumento da dimensão do mercado interno resulta do acréscimo do número das transacções comerciais verificadas dentro do território de um país, que se verificam quer por via de um maior poder de compra dos seus residentes quer pelo crescimento económico manifestado.
Por sua vez o aumento da dimensão do mercado externo é resultante dos múltiplos fluxos que caracterizam a economia global actual. A sociedade actual é caracterizada não só pelo grau de conhecimento que transmite mas também pela rapidez e facilidade com que o faz. A actual sociedade do conhecimento caracteriza-se por trabalhar em rede originando uma osmose perfeita das várias economias globais, que até há bem pouco tempo faziam ponto de honra em assumirem-se como auto-suficientes e com características peculiares que as distinguiam umas das outras. Hoje nada se passa assim, pois emergiu uma nova economia à escala global fruto da sociedade do conhecimento.
Afirma Castells, M. “este sistema tecnológico, no qual estamos plenamente imersos na alvorada do século XXI, surgiu nos anos 70”, (2002, 65), veio romper brusca e definitivamente com tudo o que até aquela data era feito.
Assim, foi a partir, particularmente, daquele período, que o contínuo crescimento do nível de vida das sociedades se processou de uma forma mais sustentada, originando um aumento quer da qualidade quer da quantidade dos bens e serviços postos à disposição das pessoas.
Este progresso tecnológico tem vindo a ser capaz de provocar um crescimento económico de uma forma contínua e sustentada. Representa a capacidade de inovação que a sociedade global actual tem assumido face às alterações havidas quer no processo de produção quer da introdução de novos bens ou serviços no mercado à escala global.
O crescimento económico ao evoluir de forma contínua e sustentada tem criado condições para que o investimento (físico e humano) tenha crescido.
O investimento em capital físico representa a aplicação de recursos na aquisição de infra-estruturas (por exemplo, armazéns usados na produção de bens ou na prestação de serviços), ou na compra de equipamentos, viaturas e processos de fabrico. 
O investimento em capital humano identifica a utilização de recursos para que os trabalhadores possam obter mais e melhores conhecimentos e qualificações.  
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Actividade 8



Texto 8 – “Nas últimas duas décadas emergiu uma nova economia à escala global. Chamo-lhe informacional, global e em rede para identificar as suas características diferenciadas fundamentais e para salientar a sua interligação. É informacional porque a produtividade e a competitividade das unidades ou agentes nessa economia (empresas, regiões ou nações) dependem basicamente da sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada no conhecimento. É global porque as principais actividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como as suas componentes (capital, trabalho, matérias primas, administração, informação, tecnologia e mercados), estão organizados à escala global, directamente ou mediante uma rede de relações entre os agentes económicos. É em rede porque, sob as novas condições históricas, a produtividade e a competitividade se estabelecem e desenvolvem numa rede global de interacções entre redes comerciais. Esta nova economia surgiu no último quartel do século XX porque a Revolução da Tecnologia de Informação fornece a base material indispensável à sua criação. É a ligação histórica entre informação/conhecimento (a base da economia), o seu alcance global e a sua organização em rede que cria um sistema económico distinto (…) Castells, M. (2002, 95)

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Características dos países desenvolvidos associadas ao crescimento económico moderno
As principais características associadas ao crescimento económico moderno dos países desenvolvidos são as seguintes:
 Ø  Aumento da produção e da produtividade
 Ø  Alteração da estrutura da actividade económica
 Ø  Terciarização da economia
 Ø  Aumento da dimensão das empresas
 Ø  Alterações no papel do Estado
 Ø  Melhoria do nível de vida

Actividade 9
Texto 9 – “Para os americanos, 2008 é um ano eleitoral importante. But for much of the world, it is likely to be seen as the year that China moved to center stage, with the Olympics serving as the country's long-awaited coming-out party. Mas, para grande parte do mundo, é provável que seja visto como o ano que a China mudou-se para o centro do palco, com as Olimpíadas como país o tão esperado baile de debutantes. The much-heralded advent of China as a global power is no longer a forecast but a reality. O advento apregoado da China como uma potência global não é mais uma previsão, mas uma realidade. On issue after issue, China has become the second most important country on the planet. Passo a passo, a China tornou-se o segundo país mais importante do planeta. Consider what's happened already this past year. Considere o que aconteceu já no ano passado deIn 2007 China contributed more to global growth than the United States, the first time another country had done so since at least the 1930 2007, a China contribuiu mais para o crescimento global do que os Estados Unidos da América, pela primeira vez um outro país teve este desempenho, que não fosse os EUA, feito que não era realizado, pelo menos, desde a década de 1930. It also became the world's largest consumer, eclipsing the United States in four of the five basic food, energy and industrial commodities. Também se tornou o maior consumidor do mundo, superando os EUA em quatro das cinco dietas básicas de alimentos, energia e produtos industriais. And a few months ago China surpassed the United States to become the world's leading emitter of CO 2 . E há alguns meses, a China ultrapassou os Estados Unidos para se tornar o principal emissor mundial de CO 2. Whether it's trade, global warming, Darfur or North Korea, China has become the new x factor, without which no durable solution is possible. Quer se trate de comércio, aquecimento global, Darfur ou Coreia do Norte, a China tornou-se o novo factor X, sem a qual nenhuma solução duradoura é possível.
E ainda o chinês não se consegue ver desta maneira. Susan Shirk, the author of a recent book about the country, "The Fragile Superpower," tells a revealing tale. Susan Shirk, o autor de um livro recente sobre o país, "The Fragile Superpower", conta um conto revelador. Whenever she mentions her title in America, people say to her, "Fragile? China doesn't seem fragile." Sempre que menciona o título nos EUA, as pessoas dizem-lhe: "Frágil? A China não parece frágil." But in China people say, "Superpower? China isn't a superpower." Mas na China as pessoas dizem, "superpotência? A China não é uma superpotência." In fact it's both, and China's fragility is directly related to its extraordinary rise.Na verdade ela é ambos, e a sua fragilidade está directamente relacionada à sua extraordinária ascensão. Lawrence Summers has recently pointed out that during the Industrial Revolution the average European's living standards rose about 50 percent over the course of his lifetime (then about 40 years). Lawrence Summers, assinalou recentemente, que durante a Revolução Industrial o padrão do nível médio de vida europeia subiu cerca de 50 por cento, (num total cerca de 40 anos).In Asia, principally China, he calculates, the average person's living standards are set to rise by 10,000 percent in one lifetime! Na Ásia, principalmente a China, ele calcula, que o padrão do nível médio de vida tenha aumentado em 10.000 por cento (na duração ao longo de uma geração! The scale and pace of growth in China has been staggering, utterly unprecedented in history—and it has produced equally staggering change. A escala e o ritmo de crescimento da China tem sido impressionante, absolutamente sem precedentes na história e produziu igualmente mudanças impressionantes. In two decades China has experienced the same degree of industrialization, urbanization and social transformation as Europe did in two centuries. Em duas décadas, a China tem experimentado o mesmo grau de industrialização, urbanização e transformação social que a Europa fez mas em dois séculos.
Recall what China looked like only 30 years ago.Basta lembrar o que a China parecia apenas há 30 anos atrás.It was a devastated country, one of the world's poorest, with a totalitarian state. Era um país devastado, um dos mais pobres do mundo, com um Estado totalitário. It was just emerging from Mao Zedong's Cultural Revolution, which had destroyed universities, schools and factories, all to revitalize the revolution. Tinha acabado de sair de uma Revolução Cultural de Mao Zedong, que destruiu as universidades, escolas e fábricas, tudo para revitalizar a revolução. Since then 400 million people have been lifted out of poverty in China—about 75 percent of the world's total poverty reduction over the last century. Desde então, 400 milhões de pessoas foram tiradas da pobreza na China, o que representou cerca de 75 % de redução de pobreza global no mundo ao longo do século passado. The country has built new cities and towns, roads and ports, and is planning for the future in impressive detail. O país construiu novas cidades e vilas, estradas e portos, e está a projectar-se para o futuro com detalhes impressionantes.
So far Beijing has managed to balance economic growth and social stability in a highly fluid environment. Até agora, Pequim tem conseguido equilibrar o crescimento económico e a estabilidade social. Given their challenges, China's political leaders stand out for their governing skills. Os líderes políticos da China têm se destacado por serem hábeis. The regime remains a dictatorship, with a monopoly on power. O regime continua a ser uma ditadura, com o monopólio do poder. But it has expanded personal liberty in ways that would be recognizable to John Locke or Thomas Jefferson. Mas ele ampliou a liberdade pessoal. People in China can now work, travel, own property and increasingly worship as they please.As pessoas na China podem agora trabalhar, viajar, possuir bensThis is not enough, but it is not insignificant, either. mas não o é suficiente.
But whether this forward movement—economic and political—will continue has become the crucial question for China. Esse movimento económico e político deverá continuar tornando-se a questão crucial para a China. It is a question that is being asked not just in the West but in China, and for practical reasons.O principal problema actual do regime é que ele está a perder o controle sobre seu próprio país.Growth has empowered localities and regions to the point that decentralization is now the defining reality of Chinese life. Este crescimento tem reforçado os poderes locais e regionais ao ponto de a descentralização ser hoje a realidade que define a vida chinesa. Central tax collection is lower than in most countries, a key indicator of Beijing's weakness.
Actualmente a cobrança central de impostos é menor do que na maioria dos outros países, o que é um indicador chave da fraqueza apresentado por Pequim. Actualmente é comum que editais contendo posições provenientes do governo central sejam ignorados pelas províncias chinesas. On almost every issue—slowing down lending, curbing greenhouse-gas emissions—the central government issues edicts that are ignored by the provinces.
Em relação a quase todos os restantes países, há que desacelerar o crédito, reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.As China moves up the value chain, so the gap between rich and poor grows dramatically. À medida que a China entra na cadeia de valor, o fosso entre ricos e pobres tem crescido de forma dramática. Large sectors of the economy and society are simply outside the grip of the Communist Party, which has become an elite technocracy, sitting above the 1.3 billion people it leads. Amplos sectores da economia e da sociedade estão simplesmente fora do controle do Partido Comunista, tendo se tornado numa tecnocracia elite, colocando-se acima dos 1,3 bilhões de pessoas que lidera”. (adaptado de: http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&u=http://www.newsweek.com/id/81588, acesso em 2010/02/12).
Comente as frases sublinhadas, tendo em conta as características associadas ao crescimento económico moderno.

Alteração da estrutura da actividade económica

A estrutura da actividade económica de um país está sempre ligada à composição com que os sectores económicos (primário, secundário e terciário) se apresentam nesse país.
Nesses sectores económicos agem várias instituições (empresas) que produzem bens ou prestam serviços e que consoante a conjuntura económica do momento, vão alterando a sua composição, onde uns vêem mais reforçada a sua posição enquanto outros a vêem diminuída.    
Tem se verificado uma relação entre o nível de desenvolvimento de um país e a distribuição da sua população activa pelos três sectores. Assim, quanto maior é a população activa a trabalhar no sector primário, mais atrasado é economicamente esse país, pois que à medida que o nível de desenvolvimento cresce, a sua população vai sendo transferida para os sectores secundário e terciário.
Curiosamente em Portugal, essa tem sido a tendência verificada há já várias décadas.
Ora como as empresas desempenham um papel socioeconómico significativo, sendo fundamentais na criação de emprego e riqueza, a estrutura empresarial de um país ou região, reflecte a composição do tecido produtivo e permite aferir o grau de diversificação ou especialização económica.
A capacidade de adaptação e de inovação constante das empresas, através da incorporação de saber e de novas tecnologias, o que pressupõe também a adopção de práticas ambientalmente sustentáveis, são aspectos chave para garantir a sua competitividade num mercado aberto.

Terciarização da economia
Actividade 10

Texto 10 – Terciarização da economia portuguesa acentuou-se nos últimos anos (Publicado em 17 de Junho de 2009)   

O peso do sector terciário na economia portuguesa cresceu nos últimos anos por todo o país, passando a representar, em 2007, mais de 50 por centro do valor acrescentado bruto (VAB) gerado em 28 das 30 sub-regiões nacionais.
Grande Lisboa, Algarve e Madeira lideram o fenómeno, registando, em 2007, contributos do turismo e serviços para a formação dos seus VAB's de 85, 83 e 81 por cento, respectivamente, indicam dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Segundo o INE, entre 1995 e 2007, o sector secundário (indústria) apenas ganhou importância em sete sub-regiões - Dão-Lafões, Pinhal Interior Sul, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, Lezíria do Tejo, Algarve e Açores.
Porém, em 2007, apenas no Alentejo Litoral e Entre Douro e Vouga o valor interno bruto gerado pela indústria era superior aos dos serviços e correspondia a mais de metade do VAB das respectivas sub-regiões.
Numa publicação intitulada "Retrato Territorial de Portugal", o INE aponta, por outro lado, a existência em Portugal de quatro pólos regionais com uma intensidade tecnológica acima da média nacional, embora de perfis diferentes: Grande Lisboa (associado ao sector terciário), Baixo Vouga e Península de Setúbal (secundário).
Comente as frases sublinhadas, tendo em conta as características associadas ao crescimento económico moderno.

A estrutura da actividade económica de um país está sempre ligada à composição com que os sectores económicos (primário, secundário e terciário) se apresentam nesse país.
Nesses sectores económicos agem várias instituições (empresas) que produzem bens ou prestam serviços e que consoante a conjuntura económica do momento, vão alterando a sua composição, onde uns vêem mais reforçada a sua posição enquanto outros a vêem diminuída.    
Tem se verificado uma relação entre o nível de desenvolvimento de um país e a distribuição da sua população activa pelos três sectores. Assim, quanto maior é a população activa a trabalhar no sector primário, mais atrasado é economicamente esse país, pois que à medida que o nível de desenvolvimento cresce, a sua população vai sendo transferida para os sectores secundário e terciário.
Curiosamente em Portugal, essa tem sido a tendência verificada há já várias décadas.
Ora como as empresas desempenham um papel socioeconómico significativo, sendo fundamentais na criação de emprego e riqueza, a estrutura empresarial de um país ou região, reflecte a composição do tecido produtivo e permite aferir o grau de diversificação ou especialização económica.
A capacidade de adaptação e de inovação constante das empresas, através da incorporação de saber e de novas tecnologias, o que pressupõe também a adopção de práticas ambientalmente sustentáveis, são aspectos chave para garantir a sua competitividade num mercado aberto.


Em Portugal e à semelhança de quase todos os países desenvolvidos, tem se verificado um reforço gradual do sector terciário.
Já no Boletim Informativo, n.º 8 – Agosto de 2008 – pág. 4, se podia ler: “a estrutura sectorial da economia, fornecida pela criação de Valor Acrescentado Bruto (VAB) por sector de actividade, sinaliza o reforço da terciarização da economia nacional. Com efeito, em 2006, o VAB do sector primário não cresceu em termos relativos, mantendo-se nos 2,8% do VAB, e o sector secundário registou uma quebra ligeira face a 2005, passando dos 33,1% para os 32,7%. Por seu turno, o sector dos serviços reforçou o seu peso na estrutura do VAB nacional, passando dos 72,6% em 2005 para os 72,9% em 2006”, (http://www.idr.gov-madeira.pt/pt/ficheiros/boletim/Agosto2008.pdf, acesso em 2010/02/14).

Aumento da dimensão das empresas
Actualmente a globalização tem colocado na ordem do dia fenómenos como sejam o da integração e o da interacção; se juntarmos também a crescente complexidade dos mercados e dos negócios; se levarmos também em conta que a escala é, cada vez mais, um factor competitivo estratégico podemos observar o seguinte: as vagas de desenvolvimento que se vislumbram implicam um alargamento de cenários que muitas das vezes só é alcançado com mudança de dimensão.   
Neste âmbito, é crucial para uma gradual competitividade que se manifesta na economia que as empresas portuguesas aumentem a sua dimensão para poderem ter capacidade de resposta face a uma procura cada vez mais exigente que passa essencialmente por uma: escala global face a um mercado cada vez mais alargado, adaptabilidade rápida perante as necessidades surgidas, crescente produtividade face uma procura mais exigente (baixo custo de produtos de elevado valor).

Actividade 11 
Texto 11 – Globalização: Que futuro para o Estado?
“São várias as funções que podem ser atribuídas ao Estado, desde a regulação do sistema económico e da provisão de bens públicos até à redistribuição e intervenção directa na economia.
No entanto, as várias ineficiências que se apontam à sua actuação, levam a que muitos economistas, principalmente, os da ala mais liberal, defendam a minimização das suas funções.
O fenómeno globalização veio condicionar ainda mais o papel tradicionalmente atribuído ao Estado. De facto, com o aumento da mobilidade dos bens e dos factores de produção, a capacidade de tributação é mais limitada.
Frequentemente, a globalização é acusada pelo aumento da exclusão social e da pobreza, porque, como os factores de produção têm diferentes características e a carga fiscal é aplicada segundo o princípio da eficiência, incide sobretudo, sobre o trabalho não qualificado, que é o menos móvel, diminuindo o bem-estar de um grupo, já por si, de fracos recursos.
Mas o principal problema que é colocado com a internacionalização das economias é que promove as relações entre países, política, económica e socialmente diferentes. Se na competição pela quantidade, os novos países industrializados têm vantagens, a comercialização de bens com alta incorporação de inovação e tecnologia é favorável aos mais desenvolvidos. No entanto, deve haver espaço para a regulação das trocas e para garantir que o progresso não se faz à custa de direitos já adquiridos por alguns trabalhadores.
Com o processo de globalização e com a própria evolução da humanidade, surgem áreas, como o desenvolvimento, o ambiente, os direitos humanos que só fazem sentido ser analisadas a um nível mais vasto que o Estado. Este nível supra-nacional não só é necessário, como exige um grau de poder suficiente, para eliminar o free-riding e para que se consigam realmente encontrar soluções. O aumento do número de organizações, de convenções e de regras internacionais veio também alterar o papel do Estado. Ou, será que o veio eliminar? Apesar dos mais extremistas defenderem que sim, não deve ser muito provável este cenário, visto que só o Estado pode assumir determinadas funções, com maior eficiência. Será mais defensável a sua internacionalização ou o funcionamento segundo o princípio da Subsidiariedade.
É na Europa que o peso da Despesa Pública no PIB é superior e este facto traduz-se numa sociedade menos desigual embora, com mais desemprego (comparativamente, aos EUA, por exemplo). Urge a necessidade de reformar algumas áreas da Administração Pública, designadamente, Segurança Social, Saúde e Educação, passando por uma maior participação da iniciativa privada. No entanto, o Estado deve continuar a garantir o fornecimento deste tipo de bens, dado que deles depende o bem-estar de muitos indivíduos.
A globalização pode ser muito positiva, se o crescimento e riqueza que proporciona forem aproveitados para o desenvolvimento das populações. Ora, tal só poderá acontecer se existirem mecanismos internacionais que garantam a regulação das relações comerciais e se mantiver a presença da entidade Estado, embora numa forma muito mais aberta ao exterior, que se responsabilize pela equidade e pela garantia de deveres, liberdades e direitos dos cidadãos.” http://www.google.pt/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=1&ved=0CAcQFjAA&url=http%3A%2F%2Fssimone.no.sapo.pt%2FGPE.pdf&rct=j&q=Altera%C3%A7%C3%B5es+no+papel+do+Estado+&ei=RIB4S8-jE8Ou4QbP7JHMCg&usg=AFQjCNG1RLt6bE1t3NHZkk6tLrsRtd_9kg, acesso em 2010/02/14).
Comente as frases sublinhadas, tendo em conta as alterações que estão consignadas ao papel do Estado.

As economias têm vindo a aproximar-se umas das outras, embora a ritmos diferentes, face a uma globalização, que é cada vez mais preponderante no sistema económico global.
Este cenário tem vindo assim a aproximar as diferentes concepções que se colocam sobre que papel está reservado à actuação ao Estado actual. No entanto, não tem havido consonância sobre que sentido dar a esta problemática. Assim, desde as concepções que defendem uma actuação mais intervencionista até às mais liberais, surge a ideia, que a acção do Estado está limitada, que tem de ser alterada, de forma a deixar de ser identificada como ultrapassada e antiquada, por isso pouco produtiva e ineficiente, incapaz desse modo de influenciar o funcionamento normal da Economia.
É normal que perante tal cenário surjam duas posições diferentes: uma identificada com os que defendem que o papel do Estado passe a ser mais redutor face a uma globalização prevalecente acarretando por isso benefícios à Economia. Pelo contrário, outros sustentam, que a redução do papel do Estado transportaria maiores desigualdades sociais, uma vez que a competitividade manter-se-ia, mas graças a salários mais baixos.


 Melhoria do nível de vida

Actividade 12
Texto 12 – Na cauda da Europa (publicada em 12/02/2009) - Uma expressão muito usada entre nós é “estar na cauda da Europa”. A principal associação que se faz a este vocábulo resulta de evidências estatísticas comparativas entre os vários países da Europa, designadamente com factores que evidenciam desenvolvimento. Isto é, estamos todos habituados a procurar pelos resultados de Portugal sempre no fundo de uma lista, com a secreta esperança de aparecermos à frente da Grécia, o nosso grande rival estatístico! É por essas tristes constatações que repetidamente nos enquadramos como estando na “cauda da Europa”. Mas eis que de forma surpreendente e no sector dos transportes podemos encontrar um rácio, associado a desenvolvimento, onde Portugal se pode orgulhar de ter tido uma evolução espantosa, largamente superior aos restantes, tornando-se actualmente um verdadeiro líder. Refiro-me à taxa de motorização, que simplesmente indica o número de automóveis de um país por cada 1.000 habitantes. Em 1991 Portugal apresentava uma taxa de motorização (TM) de 203 enquanto, globalmente, a União Europeia a 15 Países (UE15) detinha uma TM de 401. Nessa altura, claro está, situávamo-nos na “cauda da Europa” apenas com a consolação de que a Grécia estava com uma TM inferior. Razões para tal eram evidentes: éramos (somos) um país pobre do sul da Europa que dificilmente poderia almejar TM ao nível duma poderosa Alemanha com 489 ou um milionário Luxemburgo, a mais elevada na UE15 com 519 automóveis por mil habitantes. Compreendia-se portanto! Expectavelmente, a taxa de motorização na UE15 cresceu bastante desde essa altura até 2002, apresentando um crescimento de 23,44% passando de 401 para 495. Surpreendente é verificar que Portugal neste capítulo excedeu claramente todas as expectativas com um extraordinário crescimento de 174,88% da TM, claramente o maior entre todos os países, crescimento 2 vezes superior à Grécia, 3 vezes superior à Irlanda e 4 vezes superior à Espanha. Em 2002 a taxa de motorização em Portugal já era de 558. Mais do que a tal “poderosa” Alemanha com 541, aliás só mesmo suplantados pelo Luxemburgo e Itália.  Sendo o automóvel considerado um bem de luxo, cuja aquisição, a seguir à da habitação, é a mais importante decisão das famílias pelo importante encargo financeiro daí decorrente, poder-se-á concluir que a TM de um país trata-se dum índice indicativo de desenvolvimento, com o qual Portugal já ombreia orgulhosamente com os países da linha da frente. Qual Grécia, qual o quê! Serão várias as razões que sustentam esta evolução nesse período: a melhoria do nível de vida, acesso ao crédito, a estabilização dos preços dos automóveis, melhoria das estruturas rodoviárias, etc. Mas importará agora perceber as consequências. Uma elevada taxa de motorização per si não é necessariamente preocupante, a questão é que potencia uma utilização excessiva de um modo de transporte pouco eficiente dos pontos de vista, ambiental, energético e ocupação de espaço urbano. Aliás, e a talhe de foice, perante esta evolução da TM já ninguém poderá estranhar a debandada que foi a transferência do transporte público para o individual quando comparados os inquéritos aos movimentos pendulares no momentos censitários de 1991 e 2001.” (http://www.google.pt/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=104&ved=0CA0QFjADOGQ&url=http%3A%2F%2Fwww.transportesemrevista.com%2FDefault.aspx%3Ftabid%3D210%26language%3Dpt-PT%26id%3D711&rct=j&q=Melhoria+do+n%C3%ADvel+de+vida&ei=8px4S8PDH4OI0wTdmeWhCQ&usg=AFQjCNETNCkOnBEr80nC-OfEc0GakK6LIw, acesso em 2010/02/14).
Comente a frase sublinhada, tendo em conta o conceito de melhoria do nível de vida.
O conceito de nível de vida identifica-se com “a capacidade de um indivíduo possuir, com o seu rendimento, um determinado conjunto de bens e de serviços. O seu poder de compra é, portanto, determinado pela relação existente entre o rendimento de que dispõe e o preço dos bens de consumo que podem ser adquiridos com esse rendimento.”
Neste âmbito para a determinação do nível de vida de uma pessoa ou população utilizam-se quer indicadores de natureza qualitativa quer quantitativa, que indicam as condições reais de existência dessa pessoa ou população.
São vários os indicadores possíveis de utilização para medir o nível de vida. Os mais comuns são: taxas de evolução do PNB e Rendimento per capita, nível de salários reais, esperança de vida, taxa de mortalidade infantil, número de médicos por mil habitantes, número de automóveis por mil habitantes, etc.
Pode-se afirmar então com certa segurança que o nível de vida traduz as condições reais com as pessoas lidam o seu dia-a-dia.

7. 5. Ciclos de crescimento económico

Noção e fases

Os ciclos de crescimento económicos são identificados pelas flutuações que se dão em termos globais quer do produto, do rendimento e do emprego, cuja duração média habitual situa-se entre 2 a 10 anos, podendo ser caracterizada através da expansão ou contracção generalizada que tem lugar na maioria dos sectores da actividade económica.
Os ciclos económicos nunca são exactamente iguais, embora muitas vezes apresentem padrões comuns. Apresentam frequentemente os chamados “picos altos” e os “picos baixos” que são identificados como sendo pontos de viragem dos ciclos.
As fases dos ciclos económicos podem assumir duas formas: a expansão e a recessão.
Uma contracção generalizada na actividade económica pode ter duas origens: a recessão que é identificada por um período de declínio contínuo em termos globais quer do produto, do rendimento e do emprego, cuja duração se situa entre 6 meses a um ano e que se expande a uma vasta gama de sectores de uma dada economia, enquanto a depressão é sempre mais gravosa pois é mais intensa e possui uma maior duração. Pode-se mesmo afirmar que uma depressão é uma recessão em grande escala (intensidade e duração).
Quando a actividade económica de um país recupera após um período de recessão, diz-se que entra em expansão. Esta fase surge sempre após se ter dado o “pico baixo” da recessão. Quando a expansão atinge o seu “pico alto” começa a decrescer entrando novamente numa fase de recessão.
NOTA: consultar o esquema fornecido nas aulas.

AtIvidade 13
Texto 13 – Tenha em conta a imagem representada atrás bem como o texto a seguir apresentado (ambos obtidos do site:
“Características típicas de uma recessão – 1) Consumo e produção – as compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente, enquanto as existências em armazém aumentam inesperadamente. As empresas cortam na produção e o PIB real cai. Pouco depois o investimento diminui; 2) Emprego – a procura de trabalhadores cai: redução de horários, seguida de dispensas temporárias e de maior desemprego; 3 – Inflação – com a redução do consumo a inflação abranda. É pouco provável a redução de salários e do preço dos serviços mas o seu aumento abranda nos períodos de retracção económica; 4) Lucros – os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente. Numa antecipação, as cotações das acções entram em queda.”  
Caracterize, a partir dos dois documentos representados, um ciclo económico em período de recessão.

7. 6. Desenvolvimento humano e sustentável

Limites ao crescimento económico: problemas ambientais e esgotamento dos recursos naturais

Actividade 14

Texto 14 – “Declaração do Milénio das Nações Unidas - IV – PROTECÇÃO DO NOSSO AMBIENTE COMUM - 21. Não devemos poupar esforços para libertar toda a humanidade, acima de tudo os nossos filhos e netos, da ameaça de viver num planeta irremediavelmente destruído pelas actividades do homem e cujos recursos não serão suficientes já para satisfazer as suas necessidades; 22. Reafirmamos o nosso apoio aos princípios do desenvolvimento sustentável, enunciados na Agenda 21, que foram acordados na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento;
23. Decidimos, portanto, adoptar em todas as nossas medidas ambientais uma nova ética de conservação e de salvaguarda e começar por adoptar as seguintes medidas: • Fazer tudo o que for possível para que o Protocolo de Quioto entre em vigor de preferência antes do décimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, em 2002, e iniciar a redução das emissões de gases que provocam o efeito de estufa; • Intensificar os nossos esforços colectivos em prol da administração, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas; • Insistir na aplicação integral da Convenção sobre a Diversidade Biológica e da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação nos países afectados pela seca grave ou pela desertificação, em particular em África; • Pôr fim à exploração insustentável dos recursos hídricos, formulando estratégias de gestão nos planos regional, nacional e local, capazes de promover um acesso equitativo e um abastecimento adequado; • Intensificar a cooperação para reduzir o número e os efeitos das catástrofes naturais e das catástrofes provocadas pelo homem; • Garantir o livre acesso à informação sobre a sequência do genoma humano.”,
Comente, a partir do texto, os objectivos preconizados pela ONU. 

Os principais problemas ambientais vividos hoje no mundo actual são consequência directa da intervenção humana no planeta e nos ecossistemas, causando desequilíbrios ambientais no planeta, dificultando a vida às gerações actuais, mas principalmente, comprometendo, talvez em definitivo, as gerações vindouras.
Um dos principais problemas vividos pela humanidade nos dias de hoje é o efeito estufa, trata-se de um fenómeno decorrente do aprisionamento da energia solar que deveria ser dissipada de volta para o espaço, mas que permanecem na atmosfera em função do aumento da concentração dos chamados gases estufa.   
Nas últimas décadas tem-se discutido acerca dos impactos ambientais da actividade humana, particularmente os que estão relacionados com as alterações climáticas e a biodiversidade, mas tem se deixado de parte os que se relacionam com a diminuição dos recursos básicos para os seres humanos.
De uma forma geral tem-se ignorado o esgotamento de recursos e o crescimento da população que têm continuado a aumentar de um modo implacável.
Talvez a questão mais pertinente esteja ligada ao declínio verificado nos reservatórios de petróleo, perante uma produção global que parece ter atingido o seu pico máximo de produção, estando agora a declinar de uma forma sustentada.
Ora como o petróleo é a nossa principal matéria-prima fácil é de admitir que esgotando-se este, irão ser colocados limites ao crescimento económico actual.
Em termos de utilização de transportes, a não ser que se utilizem sapatos de couro ou bicicletas, tudo depende do consumo de petróleo. Mesmo até os próprios sapatos que são fabricados actualmente utilizam petróleo. A produção alimentar é muito intensiva em consumo de energia, o vestuário, o mobiliário e até a maior parte dos produtos farmacêuticos são feitos de e com o recurso ao petróleo. A maior parte das actividades económicas cessariam se deixasse de existir petróleo. O desemprego subiria para valores impensáveis caso se verificasse uma descida na produção de petróleo.
O mundo já passou por três períodos onde a crise petrolífera acarretou problemas graves à actividade económica. Os dois primeiros aconteceram na década de 70 (originando filas intermináveis nas bombas de gasolina/gasóleo) e uma outra mais recente, que teve lugar no Verão de 2008, que resultou de três anos de fraca produção de petróleo, tendo sido aliviada apenas porque o colapso financeiro, que surgiu, originou uma quebra acentuada na sua procura.
O petróleo ainda não tem um qualquer substituto digno desse nome, pelo menos à escala que é necessária e a maior parte dos substitutos que existem, apresentam uma fraca performance em energia líquida.
Existe um potencial considerável para as fontes renováveis (hidroeléctrica e carvão) mas representam apenas cerca de 1% da energia utilizada mundialmente, enquanto o aumento anual verificado da utilização da maior parte dos combustíveis fósseis é substancialmente muito maior do que a produção total de electricidade de turbinas eólicas e do fotovoltáico. Para além disso as novas fontes de “energia verde” têm aumentado mas registam este aumento em conjunto com as fontes tradicionais (em vez de as substituir).       


Desigualdades de desenvolvimento a nível mundial


Contrastes de desenvolvimento
                                                                                    
O mundo actual caracteriza-se por apresentar diferentes níveis de desenvolvimento.
Nem todos os países apresentam o mesmo nível de riqueza e de bem-estar da sua população.
Existem diferenças alarmantes entre os níveis de desenvolvimento, marcadas pelos valores dos indicadores que as identificam.
Há contrastes na distribuição dos indicadores demográficos ligados à satisfação das necessidades básicas da população tais como: ao acesso a água potável e ao saneamento, à saúde e assistência médica a nível mundial, à educação e instrução a nível mundial, à esperança média de vida, à taxa de mortalidade infantil. 
Estes contrastes têm vindo a aumentar pese embora o esforço de algumas organizações como é o caso da Organização das Nações Unidas e das Organizações Não Governamentais.

Países desenvolvidos: situações de pobreza e de exclusão social

A situação de pobreza ocorre quando um determinado indivíduo ou grupo se encontra num patamar cujo nível se situa abaixo do rendimento mínimo, que não lhe permite comprar os bens essenciais para a sua sobrevivência diária.
A pobreza pode manifestar-se por duas formas mais comuns: pobreza primária - quando o rendimento obtido permite apenas alcançar a manutenção mínima de sobrevivência, ainda que se situando ao mais baixo nível; a pobreza secundária – este ocorre quando o rendimento é suficiente para satisfazer as necessidades básicas, mas devido a má administração dos rendimentos, estas não são satisfeitas com um mínimo grau de realização desejável.
A pobreza que grassa a nível mundial não resulta apenas de uma só causa, mas sim de um conjunto de factores cujas origens são diversas: factores político-sociais - consistem particularmente em corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático e fraca igualdade de oportunidades (por exemplo, na existência de alguns governos não democráticos); factores económicos – materializam-se na exploração dos pobres pelos ricos e num sistema fiscal inadequado e representam quer um peso excessivo para a economia quer tornando-se socialmente injustos, não aplicando uma repartição justa aos rendimentos auferidos (por exemplo, impostos que são lançados e não respeitam o princípio da progressividade); factores sócio culturais – consistem, por exemplo, na discriminação social relativamente ao género ou à raça, e também a valores predominantes na sociedade, que originam a exclusão social (por exemplo, em países onde o acesso da mulher ao mercado de trabalho é dificultado; factores naturais - consistem nos desastres naturais e nas doenças que se verificam a nível mundial (como foram os casos do recente terramoto do Haiti ou na pandemia da gripe h1n1); factores de insegurança - existem devido ao surgimento de guerras, genocídio e crime (por exemplo, a intervenção militar no Iraque ou a guerra no Afeganistão)

Quanto à exclusão social entende-se como a privação, falta de recursos ou, de uma forma mais abrangente, ausência de cidadania, participação plena na sociedade, aos diferentes níveis em que esta se organiza e se exprime podendo assumir uma vertente ambiental, cultural, económica, política e social.
São vários os factores que podem contribuir para a origem da exclusão social, tais como: o desemprego - quando este atinge longa duração, e que pode incluir trabalhadores com diferentes qualificações profissionais. O desemprego é mais grave quando se refere a pessoas mais velhas e que têm geralmente menos qualificações. Neste caso dá-se o nome de desemprego de exclusão uma vez que as possibilidades de conseguirem encontrar outra vez trabalho são muito reduzidas.
A falta de alojamento - esta hipótese aplica-se mais aos sem-abrigo, que habitam em sítios sem condições, como bairros degradados, onde não têm condições de higiene ou de comodidade. Este caso é na sociedade actual bastante significativo, nomeadamente nas grandes cidades.
O analfabetismo – este caso surge quando as pessoas que não sabem ler ficam em desvantagem relativamente às outras pois não têm conhecimentos considerados necessários para poderem participar na vida social e económica.
Na sociedade actual os governos têm apoiado o chamado “combate à pobreza e à exclusão social” que consiste no desenvolvimento de esforços no sentido de resolver e minimizar situações de pobreza e de exclusão social. Entre os elementos que mais se têm destacado salientam-se: o próprio Estado, as instituições particulares de solidariedade social, as autarquias locais e as associações locais.

Desenvolvimento humano e sustentável: noção e importância

A discussão sobre os limites do crescimento económico remonta ao início da década de 1970. Vários pensadores e economistas publicaram, em 1972, um extenso relatório intitulado Limites do Crescimento, editado pelo Clube de Roma e que evidenciava a completa falta de sustentabilidade dos padrões de consumo.
A Comissão Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente das Nações Unidas, refere que o desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da população mundial actual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações.
O conceito de desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental no modelo de desenvolvimento socioeconómico. Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas


NOTA: consultar o esquema fornecido nas aulas.

O desenvolvimento sustentável para ser alcançado, depende simultaneamente do planeamento e do reconhecimento que os recursos naturais são efectivamente finitos.
O surgimento deste conceito acarretou uma nova forma de encarar o desenvolvimento económico, pois leva em consideração o meio ambiente.
Frequentemente o desenvolvimento económico é confundido com crescimento económico, mas é uma questão errada, uma vez que associado ao conceito de crescimento surge o consumo crescente de energia e recursos naturais.
Ora esse tipo de crescimento deixa de ser considerado sustentável, pois pode originar ao esgotamento dos recursos naturais, comprometendo assim de uma forma irremediável as gerações futuras.
A preocupação apenas pelo crescimento económico pode dar origem a actividades económicas florescentes mas que ignoram os princípios básicos para a utilização equilibrada de recursos naturais dos países. Ora a recorrência desses recursos faz depender não só a própria sobrevivência do homem e a riqueza da diversidade biológica, como também o próprio crescimento económico equilibrado.
Concluindo, o próprio desenvolvimento sustentável implica efectivamente, qualidade em detrimento da quantidade, através da utilização equilibrada e mesmo de redução de matérias-primas e produtos e ao incentivo para o aumento da sua reutilização e reciclagem.  


Exercícios de revisão



1 – Dê a noção de crescimento económico e de desenvolvimento económico.
2 – “A partir da Revolução Industrial, constatamos que o mundo passou a ser constituído por duas realidades muito diferentes”
a)    Distinga, referindo as características, entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento.
b)    Dê uma noção de indicador. Distinga entre indicadores simples de indicadores compostos.
c)    Dê exemplos de indicadores compostos.
d)    Refira as limitações do indicador PIB per capita.
e)    Refira as limitações do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
3 – Refira as características do moderno crescimento económico que estudou.
4 – Tendo em conta os quatro níveis de desenvolvimento humano (muito elevado, elevado, médio e baixo), utilize as fotocópias entregues do PNUD 2011, construa um quadro e um gráfico recorrendo a três países para cada um dos níveis, à sua escolha, utilizando como variáveis, o IDH e o Índice de PIB pc (escala logarítmica). Comente os resultados obtidos.

5 – Tenha em conta o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2011. Preencha, utilizando os indicadores seguintes relativos ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), os espaços deixados em branco na tabela


Países
IDH – Índice de desenvolvimento humano
Esperança de vida à nascença (anos)
Média de anos de escolaridade
Anos de escolaridade esperada
Rendimento Nacional Bruto per capita PPC (USD) 2005
2006
2006
1996-2006
2006
2006
Valor
M          H
M  H          
M          H
M            H
Portugal

Turquia





Moçambique

     



  Comente as diferenças detectadas entre os países representados.