ESCOLA PROFISSIONAL RUIZ COSTA – ECONOMIA
– CURSO INFORMÁTICA GESTÃO
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ECONOMIA – MÓDULO N.º 8 – A
Economia Portuguesa na Atualidade – 32 Aulas
CONTEÚDOS
8.
Economia portuguesa no contexto da União Europeia;
8. 1.
– Estrutura da População: estrutura etária, movimentos migratórios e população
ativa (emprego e desemprego);
8. 2.
– Estrutura da Produção: evolução do valor do produto, estrutura setorial da
produção;
8. 3.
– Estrutura da Despesa Nacional: consumo e investimento;
8. 4.
– Relações Económicas com o Exterior;
8. 5.
– Recursos Humanos: educação e formação profissional e I & D;
8. 6.
– Competitividade das empresas: investimento e produtividade;
8. 7.
– Nível de Vida e Justiça Social: repartição dos rendimentos, poder de compra,
estrutura do consumo, inflação e equipamentos sociais.
8. 1. – Estrutura da população: estrutura etária, movimentos
migratórios e população ativa (emprego e desemprego)
Este último módulo da disciplina de economia visa como
objectivo principal fornecer aos alunos uma gama diversificada de informação, a
mais atualizada possível, no intuito de um correto enquadramento macroeconómico
da realidade portuguesa no contexto da União Europeia.
Por constituir uma etapa final de um percurso individual,
implica a mobilização de conhecimentos e competências adquiridas ao longo dos
módulos anteriores, que devem ser levados em conta para uma análise integrada
da realidade económica portuguesa atual, no contexto presente da União
Europeia.
Os temas abordados seguiram de perto as orientações dos
conteúdos programáticos da disciplina, onde se privilegia o trabalho de grupo,
pelo que os resultados alcançados a nível do espaço da sala de aula deverão ser
depois de debatidos, nesse espaço, divulgados o mais amplamente possível em
toda a comunidade educativa, utilizando-se, para o efeito, os diversos suportes
disponíveis para o efeito, tais como, expositores, clubes educativos,
apresentação multimédia (data show, vídeo), blogues de turma, plataformas
educativas, etc.
Proposta de trabalho 1
Texto 1
– “Contrariando a tendência europeia e
mesmo outros estudos anteriores, o último relatório da ONU sobre evolução da
população refere que a população portuguesa poderá vir a aumentar até 2050 –
Portugal vai ter mais 100 000
habitantes em 2050, contrariando a tendência da Europa que até à mesma data
deverá perder 74,4 milhões de pessoas, segundo dados do Fundo da
População das Nações Unidas divulgados hoje (27 de Junho de 2007).
De
acordo com o documento “Situação da População Mundial 2007”, Portugal passará a
ter uma população de 10,7 milhões, enquanto a Europa vai registar um decréscimo
significativo do número de habitantes, que passará dos actuais 727,7 milhões
para os 653,3 milhões, em 2050.
A taxa
média de crescimento demográfico para Portugal situa-se nos 0,4 por cento no
período compreendido entre 2005 e 2010, o terceiro valor mais elevado depois da
Noruega e da Albânia, que deverão crescer na ordem dos 0,5 por cento naqueles
cinco anos.
O
relatório do Fundo da População das Nações Unidas indica ainda que a
percentagem de população urbana em Portugal, em 2007, situa-se nos 59 por
cento, quando a média da Europa ultrapassa os 72 por cento.
Relativamente
a este indicador, apenas países como a Albânia, a Bósnia Herzegovina, a Sérvia,
a Eslovénia e a Roménia apresentam percentagens mais baixas, que variam entre
os 47 e os 54 por cento.
O
documento coloca Portugal entre os três países cuja taxa de crescimento urbano
mais aumenta entre 2005 e 2010, com 1,5 por cento, atrás da Albânia (2,1 por
cento) e da Irlanda (1,8 por cento), enquanto a média europeia deverá situar-se
nos 0,1 por cento.
Tendo em conta o texto, comente a frase sublinhada.
Estrutura etária
Noção
de estrutura etária - Composição da população por idades e por
sexo. É representada por uma pirâmide etária.
A representação de uma pirâmide
etária através de uma ilustração gráfica permite mostrar a distribuição dos
diferentes grupos etários duma população (geralmente de um país, região ou do
mundo) sob a forma de uma pirâmide. Esse gráfico é constituído por dois
conjuntos de barras que representam o sexo e a idade de um determinado grupo
populacional.
A figura seguinte representa um
exemplo, o da pirâmide etária da população residente em Portugal nos anos de
2001 e 2008.
Gráfico 1: consultar o fornecido nas aulas
A estrutura etária pode também ser
analisada através de tabelas como é o caso das apresentadas a seguir.
Gráficos 2 e 3: consultar os fornecidos nas aulas.
Proposta de trabalho 3
Texto 3 – “Durante os primeiros anos do século XXI,
Portugal mantêm-se um país com baixa fecundidade, com esperança de vida a
aumentar, e com saldo migratório a diminuir. Regista, em 2007, um saldo natural
negativo, situação que só tinha ocorrido em 1918, em consequência da gripe
pneumónica. O ritmo de crescimento da
população é muito fraco, permanecendo as correntes imigratórias a
componente principal desse crescimento e o envelhecimento demográfico
prossegue. A redução do número de casamentos, o forte acréscimo dos nascimentos
com coabitação dos pais, dos divórcios e da idade média ao casamento evidencia
os novos modelos familiares no país”.
Tendo
em conta o texto apresentado, comente a
frase sublinhada
Gráfico
4: consultar o fornecido nas aulas.
No ano de 2007, conforme se pode
concluir do quadro anterior, a população residente em Portugal foi estimada em
10 617,6 milhares de indivíduos dos quais 5 138,8 são homens e 5 478,8 são
mulheres. Comparativamente ao ano anterior, verifica-se que a população
residente aumentou em 18 480 indivíduos, ou seja, registou uma taxa de
crescimento efectivo de 0,17% que resultou da diferença entre a taxa de
crescimento migratório de 0,18% e a taxa de crescimento natural de -0,01%.
Já no ano de 2008, pode-se concluir
que a população residente em Portugal foi estimada em 10 627,3 milhares de
indivíduos dos quais 5 142,6 são homens e 5 484,7 são mulheres.
Comparativamente ao ano anterior, verifica-se que a população residente
aumentou em 9 675 indivíduos, ou seja, registou uma taxa de crescimento
efectivo de 0,09% que resultou da diferença entre a taxa de crescimento migratório
de 0,09% e a taxa de crescimento natural de 0,00%.
Movimentos migratórios
Proposta de trabalho 4
Texto 4 – “O conhecimento do volume, estrutura e evolução da
população são essenciais aos diferentes intervenientes no processo de
planeamento nos domínios económico, social, cultural ou ambiental. A
inexistência de registos permanentes da evolução da população, bem como a
periodicidade decenal dos recenseamentos da população e a necessidade de
respostas ao conhecimento dos efectivos populacionais anuais e infra-anuais,
obriga ao recurso a métodos de estimação da população residente.
Tal como para a maior parte dos países, a componente migratória é,
em termos demográficos, a mais difícil de contabilizar. De facto, no caso de
Portugal, como na maior parte dos países europeus, a medição do movimento
natural (nados-vivos e óbitos) apoia-se numa metodologia consistente, estando a
cobertura do fenómeno muito próxima dos 100%. Os projectos estatísticos
“Nados-Vivos” e “Óbitos” constituem componentes base das Estatísticas Vitais ou
do Estado Civil e desenvolvem-se através da utilização, para fins estritamente
estatísticos, de factos obrigatoriamente sujeitos ao Registo Civil. Assim
sendo, estes valores não se podem considerar valores estimados, no sentido
estrito do termo, mas valores resultantes da observação e registo directo dos
acontecimentos demográficos. Deste modo, tanto para Portugal, como para os
outros países, o verdadeiro obstáculo para o conhecimento da sua população
prende-se com a componente migratória.
A avaliação dos movimentos migratórios exige o
conhecimento de vários tipos de fluxo: as migrações internacionais, e as internas, bem como a sua
distinção entre movimentos de entrada e saída (imigração e emigração,
internacional e interna) – devendo acrescentar-se aos dados globais o
conhecimento da nacionalidade dos migrantes (para o caso dos movimentos
internacionais), as suas características demográficas (sexo e idade) e a sua
localização territorial (origem ou destino, por concelhos).”
Tendo em conta o texto, comente
a frase sublinhada.
Proposta de trabalho 5
Texto 5 – Movimentos migratórios - Portugal ficou marcado por sucessivas vagas de
emigrantes para vários países do mundo. Calcula-se que mais de três milhões de
Portugueses deixaram o país em busca de uma vida melhor.
O Brasil foi um
dos primeiros países para onde muitos Portugueses emigraram, um dos factores
que levaram a esta emigração foi não haver barreiras na comunicação, uma vez
que a língua era a mesma, e também porque era um país rico.
Um destino eleito
por muitos Portugueses, nomeadamente pelos Açorianos foi os Estados Unidos e o
Canadá.
A partir dos anos
50, os Portugueses passaram a procurar trabalho na Europa, principalmente para
a França e Alemanha, a maioria iam clandestinos.
Mais tarde
também foram para a Suíça, Holanda e Luxemburgo. A grande maioria destes emigrantes eram homens, que deixavam as suas famílias para traz. Quando a situação económica o permitisse, regressavam ao seu país ou chamavam os seus familiares para junto deles.No passado os
emigrantes eram pessoas com baixo nível de escolaridade e com poucos recursos.
Porém a realidade hoje é outra, com a crise
económica atual temos verificado que os emigrantes são maioritariamente jovens
recém-licenciados, que procuram novas oportunidade, que não encontram dentro do
nosso país.
A migração dentro
do nosso território, ocorreu dos meios rurais para as grandes cidades, dando
origem á desertificação dos mesmos. Desta forma originou um aumento
populacional nos subúrbios das cidades, deteriorando o espaço em seu redor. Por
vezes as condições em que viviam não eram as melhores.
Com a entrada de
Portugal na União Europeia, ouve um aumento de imigração, vindo a maioria dos
países de Leste, e Ocidentais.
Tendo em conta o texto, comente
a frase sublinhada.
População ativa (emprego e
desemprego)
Noção
de Emprego e Desemprego
De todos os Indicadores
macroeconómicos, o emprego e o desemprego são dos mais diretamente
sentidos pelas pessoas. A taxa de desemprego é
a percentagem da população ativa que está desempregada.
Noção de População em idade ativa
Conjunto de indivíduos com idade
mínima especificada (15 anos) que, no período de referência, constituem a
mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços e que entram no
circuito económico.
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