quinta-feira, 3 de março de 2011

Módulo 3 (Continuação)

Actividade 3 a - Tendo em conta o texto abaixo apresentado pronuncie-se sobre as vantagens/desvantagens do mercado do tipo de monopólio.
- Em apenas um semestre: Consumo de electricidade no mercado livre cresceu dez vezes
O consumo de electricidade no mercado liberalizado em Portugal multiplicou-se por dez no espaço de seis meses, revela o mais recente relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). A Iberdrola superou a Endesa.·
Em Janeiro a electricidade no mercado liberalizado representava apenas 2,7% do consumo total e em Junho valia já 27%, de acordo com a ERSE.·
Ainda assim, o consumo total de energia reflecte os problemas da actual conjuntura económica. Segundo a ERSE, em Junho foram consumidos 3.886 giga watt hora (GWh), “o que significa um acréscimo de 0,5% face a Maio, mas uma redução de consumo de 1,9% face ao que se registara em Junho de 2008”.·
No final do primeiro semestre do ano o mercado livre de electricidade contava com 232.624 clientes, beneficiando de um saldo positivo entre as entradas de novos clientes (7.450) e as saídas (1.673).·
“Em termos de consumo anualizado há a registar um crescimento de cerca de 19% face ao mês anterior e de 815% face a Junho de 2008, consolidando o forte crescimento já verificado em Maio”, refere o relatório hoje divulgado pela ERSE.·
No que diz respeito aos operadores do mercado, a EDP continua a dominar o segmento liberalizado, com uma quota de 99% do número de clientes e de 65% do consumo. O segundo maior operador do mercado livre passou a ser a Iberdrola, com uma quota de 16% dos consumos, ultrapassando a Endesa, que registou 15% do consumo no final de Junho.
Reagindo à subida de quota de mercado, a Iberdrola diz que os resultados obtidos nos últimos meses “enquadram-se no compromisso de longo prazo da Iberdrola com Portugal e com o mercado português onde, desde sempre, a empresa vem procurando as melhores condições para o desenvolvimento do seu negócio e promovendo investimentos importantes nas energias limpas”. A base de clientes da Iberdrola assenta sobretudo no segmento empresarial
3.3. A Lei da procura
A procura de um determinado bem define-se como um conjunto de intenções para a aquisição desse bem por parte dos consumidores.
A lei da procura resulta de uma relação entre a quantidade procurada de um bem e o seu respectivo preço e enuncia-se do seguinte modo: a quantidade procurada de um dado bem aumenta quando o preço desse bem baixa ou, desce quando o preço do bem aumenta.  
Graficamente traduz-se da seguinte forma: 

                                                           Gráfico 1 - Consultar o gráfico passado na sala de aula
Onde:
P = Preços
Q = Quantidades
D1 = Procura

3.3.1. A elasticidade da procura-preço

A elasticidade procura-preço mede a variação na quantidade procurada quando ocorre uma variação no preço. Assim, a elasticidade é uma medida de sensibilidade dos consumidores a variações no preço dos produtos. Segundo Samuelson, & Nordhaus (2005, 66), a elasticidade “é a variação percentual da quantidade procurada dividida pela variação percentual do preço.”           
A noção de elasticidade remete para as diversas reacções que os agentes económicos podem ter face à variação no preço dos diferentes bens 
Quando estamos perante o consumo de bens essenciais, como por exemplo os alimentos, a sua procura não se altera significativamente quando ocorrem variações no preço. Por outro lado, se for o caso da procura de um bem inferior (cuja venda diminui com o aumento do rendimento, p. ex., as televisões a preto e branco) ou produtos de luxo (carros, viagens, jóias, etc.) a sensibilidade ao preço aumenta.
Encontramos assim duas categorias que classificam os produtos conforme a reacção da sua procura face a variações no preço: os bens elásticos - quando a sua quantidade procurada responde fortemente a variações no preço e os bens rígidos (inelásticos) – quando a sua quantidade procurada responde ligeiramente a variações no preço.

3. 3.2. Deslocações da curva da procura relacionadas com as alterações dos seus determinantes

Sabemos (é o próprio senso comum que nos diz) que a quantidade procurada de determinado bem depende do seu preço. De facto, quanto maior for o preço de um bem, menor é a quantidade procurada desse mesmo bem. Da mesma forma, quanto menor for o seu preço, maior será a sua quantidade procurada.
Contudo, o preço não é a única determinante da procura. Na verdade são diversos os determinantes que podem contribuir para aumentar ou reduzir a procura orientada a um determinado bem.

3.3.2.1. Determinantes da curva da procura

a)    As preferências dos consumidores – resultam de uma grande variedade de influências: culturais, sociais, históricas, identitárias. Podem reflectir necessidades físicas ou psicológicas permanentes ou temporárias e podem ainda, ser influenciadas artificialmente, como é o caso quando são utilizadas técnicas comerciais de vendas e de marketing;
b)    O rendimento médio dos consumidores – é do senso comum que quanto maior for o rendimento dos consumidores, maior será a procura orientada ao bem. Há, no entanto, excepções quando estamos perante os chamados bens inferiores, cuja procura que lhe é orientada diminui quando o rendimento dos consumidores aumenta (por exemplo, a margarina);  
c)    A dimensão do mercado – influencia também a procura de um determinado bem, pois quanto maior for o número de consumidores maior é a procura de bens. Se acontecer um repentino crescimento da população (por exemplo, forte emigração) numa dada economia, daí resulta que a procura orientada à generalidade dos bens aumente proporcionalmente também na sua exacta medida;
d)    Os preços dos bens relacionados - existem dois tipos de relacionamento entre dois bens relacionados: ou são substitutos ou são complementares. Dois bens são substitutos quando, através do seu consumo, é possível satisfazer a mesma necessidade. São complementares quando, para satisfazer determinada necessidade, for necessário consumir os dois bens em simultâneo. É fácil assim de compreender que quando o preço de um bem substituto aumenta a procura dirigida a esse mesmo bem diminui sendo essa procura transferida para o seu substituto. Pelo contrário, se o preço de um bem complementar aumentar, a procura dirigida a esse mesmo bem diminui levando também a uma redução da procura dirigida ao bem seu complementar.
Bens relacionados

Os preços dos bens relacionados - existem dois tipos de relacionamento entre dois bens relacionados: ou são substitutos ou são complementares. Dois bens são substitutos quando, através do seu consumo, é possível satisfazer a mesma necessidade. São complementares quando, para satisfazer determinada necessidade, for necessário consumir os dois bens em simultâneo. É fácil assim de compreender que quando o preço de um bem substituto aumenta a procura dirigida a esse mesmo bem diminui sendo essa procura transferida para o seu substituto. Pelo contrário, se o preço de um bem complementar aumentar, a procura dirigida a esse mesmo bem diminui levando também a uma redução da procura dirigida ao bem seu complementar.

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